Empresas intermunicipais organizam protesto contra pirataria

Empresários se queixam de prejuízos nas viagens para o interior do estado e no trecho Macapá-Santana
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ANDRÉ SILVA

Empresas de ônibus que fazem linhas intermunicipais estão ameaçando fechar as portas por alguns dias como forma de protesto contra o transporte clandestino. As empresas dizem que is piratas cobram mais caro e não oferecem segurança ao usuário. 

Uma passagem de ônibus para Oiapoque custa R$ 115 nas empresas autorizadas No transporte clandestino, esse valor salta e pode variar de R$ 200 a até R$ 250.

As empresas de ônibus possuem 70 veículos fazendo linhas para todos os municípios, e dizem que vêm amargando prejuízos nos últimos anos.

“O carro que saía para Oiapoque cheio, agora não vai nem pela metade e a culpa, sem dúvida nenhuma, é dos clandestinos”, reforçou Décio Santos, proprietário da empresa Sião Tur.

Passageiros à espera de transporte regular: movimentou caiu pela metade, dizem empresas. Fotos: André Silva

Passageiros à espera de transporte regular: movimentou caiu pela metade, dizem empresas. Fotos: André Silva

Ele e os outros proprietários planejam permanecer alguns dias com as portas das garagens fechadas como forma de pressionar por mais fiscalização. Eles afirmam que a situação dentro da capital amapaense também é preocupante.

“Tem gente que faz linha Macapá/Santana em carro de passeio e isso não é segredo para ninguém. É preciso parar isso”, reforçou o empresário.

Clandestinos e possíveis soluções

O problema já é antigo. Para ser mais preciso, existe desde quando a Rodoviária de Macapá foi criada, em meados dos anos 1990. Assim como os mototaxistas agiam na clandestinidade e eram rechaçados por taxistas e empresas de ônibus, agora é a vez clandestinos reclamarem de perseguição.

“A gente tem família e só quer trabalhar”, desabafou um motorista clandestino que não quis se identificar.

Cerca de 70 veículos atuam nas linhas regulares

Cerca de 70 veículos atuam nas linhas regulares

O diretor de Transporte da Setrap, Andrey Rêgo, reconheceu que muitos profissionais são pessoas de bem e precisam mesmo trabalhar, mas ressaltou que a atividade também estimula a criminalidade.

“A gente sabe que constantemente pessoas mal intencionadas usam essa desculpa para transportar drogas e assaltar usuários. As pessoas têm que saber que quando usam esse tipo de serviço correm esse risco” alertou o diretor.

Empresário Décio Santos: concorrência desleal

Empresário Décio Santos: concorrência desleal

Andrey Rêgo, diretor de Transportes da Setrap: terceirização do terminal

Andrey Rêgo, diretor de Transportes da Setrap: terceirização do terminal. Foto: Reprodução

Andrey Rêgo informou que a secretaria promove constantemente ações em parceria com a Companhia de Transito de Macapá (Ctmac), Batalhão de Trânsito do Amapá (BPTran) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) e que essas serão intensificada nos últimos dias.

Outra proposta que o diretor apresentou é passar a administração do terminal para o serviço terceirizado, o que poderia ajudar a coibir a prática de clandestinos. Ele disse que a proposta será apresentada ao secretário da pasta assim que ele retornar de férias.

Seles Nafes
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