CÁSSIA LIMA
O município de Santana vai começar a destinar lixo domiciliar para o aterro sanitário de Macapá a partir da próxima quinta-feira, 9. A estimativa é que o município de Mazagão também faça o mesmo nos próximos meses. A mudança faz parte da implantação do consórcio intermunicipal de destinação dos resíduos sólidos entre os três municípios.
Com o consócio, o aterro sanitário de Macapá vai passar a receber mais de 150 toneladas de lixo por dia. Isso deve reduzir a vida útil do aterro, mas, segundo os gestores, é fundamental para o planejamento dos municípios.
A proposta é que as prefeituras tenham mais facilidade na captação de recursos federais para desenvolver a parceria de coleta de resíduos sólidos numa gestão compartilhada com uma única personalidade jurídica.
“Esse tema é coletivo. Macapá teve por muitos anos lixões e hoje temos um aterro sanitário. Então queremos nos colocar à disposição para que esses municípios possam usar nosso aterro, vamos formatar uma parceria, regulamentar nas câmaras, mas o consócio entre os municípios é o ideal“, defendeu o prefeito de Macapá, Clécio Luís (REDE).
Na manhã desta segunda-feira, 6, na prefeitura de Macapá, houve a segunda reunião do consócio e a primeira vez desde que o assunto começou a ser discutido em 2013. Um dos resultados da reunião é que Santana inicia na quinta a destinação de 40 toneladas de lixo diária para a capital.
“Foi um compromisso nosso de campanha terminar com aquela lixeira a céu aberto (na Rodovia Duca Serra) e já começaremos a transportar o lixo de Santana para Macapá. Santana paga R$ 80 mil pela coleta de lixo e com o consócio esperamos atender mais pontos de coleta e baratear esse serviço”, frisou o prefeito de Santana, Ofirney Sadala (PSDC).
A pauta provocada pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE) busca atender a Lei Nº 12.305/2010, que ordena a coleta, destino e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais. Como Macapá já faz a coleta de 80 mil toneladas diárias, a meta é ajudar os outros municípios.
“O consórcio intermunicipal é uma alternativa moderna e concreta para a questão de resíduos sólidos nos três municípios. Com isso, as prefeituras terão mais facilidade na captação de recursos federais para desenvolver a parceria e tratar dessa questão de saúde pública”, frisou o senador Randolfe.
A reunião foi acompanhada por técnicos e secretários dos municípios e do Ministério Público que formaram um grupo de trabalho com reunião marcada para a próxima segunda, 13. O Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap) fará um estudo de impacto ambiental e viabilidade da área.
“Temos muitos lixões a céu aberto e eles devem aumentar ainda mais com o investimento em turismo que buscamos fazer. Ainda não vamos iniciar a destinação de lixo para Macapá, mas nosso planejamento e que isso seja feito para os próximos meses. Nossa estrutura é precária e precisamos desse apoio de Macapá”, ressaltou o prefeito de Mazagão, professor Dudão (PPL).