ANDRÉ SILVA
Mãe e filho decidiram se unir para levar esperança por meio do esporte para as pessoas de baixa renda no Bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá. Os treinos de muay thai acontecem na sede da Associação de Moradores que não tem a estrutura necessária para a realização das aulas. Sem condições de manter o projeto, os coordenadores pedem ajuda.
O projeto ‘Meninos de Ouro’ nasceu no coração da dona de casa Mônica Maciel de Oliveira, de 47 anos, e do seu filho, Evandro Oliveira da Silva, de 21 anos, e já existe há dois anos.
Monica Maciel explica que antes deste projeto ela já desenvolvia um outro, voltado à distribuição de sopa para moradores do Canal do Jandiá , zona norte de Macapá. Ela conta que este teve que ser interrompido porque o pai adoeceu e ela teve que prestar assistência a ele.
“Eu sempre gostei de trabalhar com o social. Fiquei um tempo parada, mas quem gosta do que faz é muito difícil ficar longe por muito tempo. Um dia cheguei pro meu filho, que já treinava muay thai e disse pra ele ensinar o que havia aprendido para as pessoas daqui do bairro e assim começamos o projeto”, contou Mônica Maciel.
O filho, Evandro Oliveira, conta que se sente muito bem com o que faz. Explicou que antes de iniciar o projeto, já havia treinado por três anos em academias conhecidas na cidade e tem recebido orientações de seus mestres que hora ou outra, aparecem nos dias de treino para acompanhar o trabalho.
“Meu mestre Marcelo Nunes sempre vem aqui com a gente para nos orientar. Ele nos incentivou a tirar o projeto da cabeça e colocar no papel. Além dele, o mestre Ademir Rabelo também vem e nos dá muito apoio para continuarmos o projeto. Eu gosto muito de fazer o que faço e ver a satisfação das pessoas que vem aqui receber treino, é muito bacana”, completou o jovem treinador.
O projeto já tem ajudado a tirar jovens e adolescentes do ócio e os resultados podem ser sentidos em casa. Lucas Eduardo, de 18 anos, disse que tem mais disposição para realizar as tarefas diárias.
“Muay thai pra mim é disciplina e um estilo de vida. Meu pai aceita e apoia muito o que eu faço. Minhas notas melhoraram e meu relacionamento em casa também”, relatou o jovem.
O projeto atende atualmente 60 pessoas entre jovens adultos adolescente e algumas crianças. O local de treino, a Associação de Moradores do Bairro Perpétuo Socorro, não tem as devidas condições para a aplicação das aulas, por isso os coordenadores pedem ajuda de empresários e de pessoas que possam contribuir para estruturar o local. Eles precisam de luvas, bandagens, aparadores, protetor bucal e um tatame, pois os treinos tem sido realizados diretamente no piso.
Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone 99187-6642.