DA REDAÇÃO
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), anunciou nesta segunda-feira, 6, a incorporação nos salários de fevereiro do funcionalismo de um acréscimo de 2,84% referente a um reajuste concedido ainda em 2004. A questão estava judicializada. A informação foi repassada durante encontro com a Frente de Servidores do Estado que representa 34 sindicatos.
Segundo o GEA, no total, 13,2 mil servidores já vinham recebendo com o reajuste, mas 11,5 mil permaneciam de fora. Com essa inclusão, a folha de pagamento sofrerá um aumento de R$ 1,1 milhão.
“Autorizei a Sead a fazer todos os procedimentos para conceder os 2,84% para todas as categorias que ainda não recebem o valor”, informou o governador Waldez Góes.
“Neste primeiro momento, o acréscimo será feito em uma rubrica específica e, a partir da folha de março, será incorporado ao vencimento”, explicou a secretária de Estado da Administração, Suelem Amoras.
O GEA diz que incorporação evitará perdas para os servidores que estão em processo de transposição para os quadros da União.
“É uma demanda de todos nós servidores, que estava judicializada e com o processo parado. Hoje, tivemos um avanço com o anúncio do pagamento já em fevereiro, que vai ajudar bastante, ainda mais nesse período de crise”, avaliou Heros Almeida, representante do Sindicato dos Farmacêuticos do Amapá (Sinfar).
Waldez Góes anunciou ainda uma parceria com a iniciativa privada que irá ofertar bolsas de graduação e pós-graduação para servidores estaduais e dependentes.
Parcelamento
Durante a reunião, o governador explicou porque ainda não conseguiu compor o fundo de estabilização da folha de pagamento, que tem depositados R$ 60 milhões. Para honrar um acordo com a Previdência, o Executivo teve que efetuar o pagamento de R$ 50 milhões.
Além disso, dívidas com fornecedores, consignados e a diferença do duodécimo dos poderes levaram mais R$ 58 milhões do total de R$ 145 milhões da repatriação.
Para concluir a composição do fundo, o governo disse que continuará cobrando a Petrobras (R$ 300 milhões de ISS) e o reembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 25 milhões por obras executadas com recursos próprios.
“Se eu tomasse a decisão de utilizar esse dinheiro para pagarmos os salários integralmente, ocorreria que daqui a dois ou três meses teríamos que parcelar novamente. Então, trabalharemos na aquisição desses recursos para o Fundo, o que possibilitará o retorno do pagamento integral dos servidores”, disse Góes.
Foto: Marcelo Loureiro/Secom