CÁSSIA LIMA
O pequeno Pedro Henrique, de 2 anos e 6 meses, que está com o abdômen inchado, foi diagnosticado com megacolon congênita. A doença nasceu com a criança e causa obstrução do intestino grosso. O menino deve passar por uma cirurgia na segunda-feira, 13.
A doença ocorre por causa de um defeito genético em que partes do intestino grosso não recebem as terminações nervosas que controlam as contrações intestinais. O resultado disso é que as fezes ficam retidas no intestino, ao invés de se encaminharem em direção ao ânus.
Segundo a direção do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), onde o menino está internado há 25 dias, a situação de Pedro é estável, apesar de ele apresentar uma forte distensão abdominal causada pela dificuldade de digestão.
“A cirurgia será para retirar a parte do intestino que está alterada. É um procedimento delicado. A família devia ter trazido a criança antes. Ele chegou desnutrido no hospital e estamos o preparando para a operação”, frisou a diretora do HCA, Zoraima Maramalde.
O diagnóstico da criança demorou mais que o normal porque tanto Pedro quanto a mãe, Raimunda Carvalho Ferreira, de 31 anos, não tinham carteira de identidade nem CPF.
“Nós tivemos que pedir uma determinação judicial para fazer o registro de nascimento dele e liberar os exames para a criança. Essa era uma questão de investigação e risco de morte eminente. Já pensou se a família não procurasse os médicos”, ressaltou a diretora.
A mãe de Pedro, que o acompanha no hospital, informou ao site que não fez pré-natal do menino e que o parto foi realizado por uma parteira.
Pedro Henrique mora com os pais e mais quatro irmãos no município de Tartarugalzinho, a 230 quilômetros da capital amapaense. No dia 13 de janeiro, segundo a mãe, o abdômen do garoto amanheceu muito inchado e dolorido.
A família, que recebeu diversas doações de fraldas, faz pedido de doações de roupa para o menino. Os telefones para contato são: 98108-8852, 99180-4876 e 99108-8295. Falar com Fabíola, tia de Pedro.