CÁSSIA LIMA
O número de chamadas para o Batalhão Ambiental deve aumentar neste feriadão de carnaval. A estimativa é que esse é um dos períodos do ano em que cresce o número de reclamações de poluição sonora. Macapá lidera as estatísticas.
Segundo o batalhão, os policiais atendem cerca de 60 casos por dia em toda a capital. Existe uma média de 1,5 mil casos por mês e mais de 24 mil por ano. Em 2016, foram contabilizados mais de 23 mil ligações. Em fevereiro de 2015 foram registradas 85 mil ocorrências.
“É um problema de abrangência estadual que deve ser diminuído com maior rigor nas fiscalizações. Essa poluição sonora que acarreta na perturbação de sossego é um problema cultural e de saúde”, frisou o tenente coronel Brito, do Batalhão Ambiental.
Antes, as reclamações estavam apenas na área central de Macapá, mas atualmente todos os bairros tem um número alto de ocorrências. Muitos moradores chegam a fazer mais de 5 queixas num único dia contra um “barulhento”.
Os locais que apresentam mais demandas que o resto da cidade são os bairros Santa Inês, Cidade Nova, Congós, Infraero I e o Distrito de Fazendinha.
A Delegacia do Meio Ambiente (Dema) que recebe as demandas mais graves diz que não existe um efetivo da polícia que dê conta do problema. Uma solução apontada é uma conscientização maior da população.
A Promotoria de Meio Ambiente de Macapá (Prodemac) e outros órgãos já assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para viabilizar a destruição imediata de equipamentos de som e a apreensão de veículos que estejam abusando do volume e que tenham reincidências.
A polícia já coordena uma força tarefa para amenizar o problema, principalmente nos locais que já foram anunciadas festas.