ANDRÉ SILVA
Os funcionários da rede de hospitais privados Unimed, em Macapá, iniciaram paralisação de dois dias na manhã desta quinta-feira, 23. O movimento reivindica o pagamento em pelo menos duas vezes dos salários atrasados do mês de novembro do ano passado, de 66% do 13º e as férias.
Durante toda a quinta, os profissionais estarão acampados no prédio do ambulatório, no centro. Na sexta, as ações serão no prédio do hospital, localizado na Rodovia JK.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Amapá (Sindsaude), Ismael Cardoso, a Unimed não está aberta ao diálogo com a categoria.
“A proposta da Unimed na prática dá R$ 160 mensais em 8 vezes para os trabalhadores. O que se ouve é que na verdade estão querendo fechar o hospital e entregá-lo sem nenhum servidor para outra empresa”, questionou Cardoso.
O técnico em enfermagem Daniel Araújo, de 35 anos, trabalha no hospital desde 2011. Ele conta que em nenhum momento a administração tem procurado explicar o motivo dos atrasos.
“Estamos nos virando da melhor maneira possível, mas muitos companheiros moram de aluguel, tem contas para pagar, como a escola dos filhos, e não estão podendo quitar as mesmas”, protestou.
Além dos pagamentos atrasados, os trabalhadores da rede hospitalar pretendem negociar os salários até o 5º dia útil, o desconto do ticket alimentação que não é repassado há 3 meses, o consignado que está sendo descontando e não é repassado aos bancos, o FGTS que desde junho não é depositado, o aumento da carga horária com aumento de remuneração e a reposição inflacionário de 2016.
A reportagem tentou contato com a administração da Unimed, mas não obteve resposta.