ANDRÉ SILVA
Dos 16 municípios do Amapá, apenas 3 têm suas defesas civis municipais instaladas. O município de Calçoene, atingido por uma enchente na semana passada, está entre as cidades que não dispõem do serviço.
Os dados são da Defesa Civil Estadual (DCE), que informou que este ano o plano é que todas as cidades concluam o processo de instalação de seus postos. Atualmente, apenas Macapá, Santana e Ferreira Gomes contam com o funcionamento da organização.
Há quase duas semanas Calçoene, distante 374 quilômetros de Macapá, foi atingida por uma enchente provocada pela cheia do rio que passa em frente à cidade e se viu desamparada. A ajuda da DEC só chegou dias depois.
A cheia afetou 360 famílias e deixou 1/3 da cidade alagada. Segundo o Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis ( NHMEA), a previsão é de chuva para os próximos dois dias na região.
O que acontece é que em todos os municípios a DCM já foi criada desde 2003, o problema está na implementação delas. Para que isso aconteça, o primeiro passo só foi dado no início deste ano, quando a DCE orientou cada prefeito a nomear uma pessoa responsável que ficará à frente do trabalho.
O segundo passo será a qualificação desses profissionais que de acordo com o capitão Eder Prado, chefe da divisão de planejamento da DCE, acontecerá no fim de abril deste ano. Os profissionais irão aprender noções básicas de defesa civil, percepção de risco e plano de contingência.
“Após a capacitação iremos ajudar os prefeitos a fortalecer suas defesas. Isso já vai facilitar nosso serviço porque ao invés de fazermos todo o levantamento para depois atuar, nós já atuaremos com os dados deles”, justificou o capitão.
O representante do órgão não soube precisar quando, de fato, Calçoene terá uma pessoa à frente do trabalho, pois a eleição para a escolha do novo prefeito só aconteceu no ultimo domingo, 12.