ANDRÉ SILVA
O Bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá, irá receber um projeto de urbanização em que está prevista a construção de 500 unidades habitacionais. A ideia é reunir em um só lugar as famílias que moram em cinco locais que correm risco de sinistro, como o ocorrido em 2013 e implantar o projeto de desfavelização do bairro. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira, 7, no Palácio do Setentrião, Centro de Macapá.
Na ocasião, foi apresentado o estudo de concepção do projeto que será enviado ao Ministério das Cidades para captação dos R$ 40 milhões necessários para a construção das casas. Serão contempladas as famílias que moram em cinco áreas que compreendem a Avenida Ana Nery, Rua São José, Avenida José do Espírito Santo e Rua Acésio Guedes, além das que perderam suas casas no grande incêndio ocorrido em 2013 e que não foram contemplados nos últimos programas habitacionais.
“A visão do projeto é aproveitar a área do incêndio para fazer uma requalificação urbana nas áreas de ocupação desordenadas igual aquela”, explicou o secretário de Cidades Alcyr Matos.
O terreno escolhido para a construção das casas não apresenta condições favoráveis para receber blocos de apartamentos semelhantes ao do Macapaba por se tratar de uma área de ressaca. A solução foi projetar blocos com dois pavimentos compostos de térreo e sobrado.
Muitas famílias estiveram na solenidade e puderam acompanhar a apresentação do projeto. A associação de moradores fez um levantamento prévio das famílias que poderão ser contempladas, entre elas as que moram em boxes da feira localizada na Avenida Ana Nery.
“Aquelas pessoas que moram na feirinha e que não foram contempladas em nenhum programa com certeza vão receber uma casa e nós estaremos pessoalmente fazendo o cadastro delas. Nós conhecemos as pessoas de lá e sabemos quem precisa ou não”, explicou o presidente da associação, Magno Pantoja.
O governador Waldez Góes (PDT) garantiu que alguns projetos de habitação com as obras paradas serão retomadas. Projetos como o que fica no Bairro Pedrinhas, que serviria para abrigar as famílias do Bairro Aturiá, vítimas do avanço das águas do Rio Amazonas, que está parada desde 2013 e o Conjunto Habitacional Jardim das Oliveiras, do Bairro Congós, paralisados desde 2014.
“O Jardim das Oliveiras será migrado para o Programa Minha casa, Minha vida, este ano. Os custos serão arcados pelo governo do Estado. Já atualizamos todos os procedimentos junto a Caixa Econômica e nós vamos licitar as duas obras”, garantiu o governador.