CÁSSIA LIMA
O Governo do Amapá assinou na manhã desta segunda-feira, 27, a ordem de serviço para a construção de 106 quilômetros da BR-156/AP. A obra que deve se iniciar em meados de junho vai concluir a pavimentação do trecho Norte da rodovia até Oiapoque. O asfaltamento custará R$ 290 milhões.
A obra é responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas tem como principal parceiro o governo do Estado e a bancada federal na articulação dos recursos para o projeto.
Com a assinatura nesta manhã, o governo terminará o licenciamento ambiental que envolve pelo menos 5 aldeias. Elas serão remanejadas e terão compensações ambientais estimadas em R$ 20 milhões.
“Até o verão já começamos as obras efetivas. Vale lembrar que serão duas frentes de trabalho, uma de Oiapoque e outra da saída de Calçoene. Serão construídas 29 pontes de concreto e esperamos entregar a obra em três anos”, frisou o governador do Amapá, Waldez Góes.
Além das pontes, a ordem de serviço assinada inclui 4 passarelas de concreto de pedestre perto do perímetro urbano da rodovia, instalação de iluminação e o asfaltamento do trecho até a ponte Binacional.
“Já temos o recurso empenhado e no verão vamos ver uma grande mudança no trecho. No momento está faltando apenas a arte das pontes e umas aprovações finais da compensação. Será uma obra que mudará o Amapá”, destacou o diretor Geral do Dnit, Valter Casemiro.
Trecho Sul
Já o trecho sul da obra que dá acesso ao Vale do Jari aguarda licitação para serviço enquanto a licença do gerenciamento ambiental na área é concluído. As obras lá devem abranger 240 km de pavimentação. Neste caso, a obra está dividida em 4 lotes.
O primeiro lote que possui 61 km e compreende a área do quilometro 21 até a ponte do Rio Vila Nova será do governo do Estado. As intermediarias serão do Dnit e o lote final, que chega até onde seria a ponte do Jari, será de responsabilidade o Exército.
“Estamos articulando alianças para destravar as obras do trecho sul, mas elas também devem começar este ano assim que terminar o gerenciamento. Esses atoleiros não serão mais comuns daqui a três anos”, finalizou o governador.