ANDRÉ SILVA
A Defesa Civil Estadual confirmou que cerca de 190 casas já foram afetadas devido a cheia do rio em Calçoene, distante 374 quilômetros de Macapá. As equipes chegaram ao município no fim da tarde de sexta-feira, 10. Prevendo uma possível enchente, um abrigo deve ser construído para alojar as famílias que necessitarem.
Vinte e quatro homens do Corpo de Bombeiros estão no local que ainda não tem uma defesa civil estabelecida e amanhã passa por uma eleição que vai escolher o novo prefeito que irá comandar a cidade.
As fortes chuvas que caem na cabeceira do rio desde o fim do ano passado ajudaram no acúmulo de águas e no aumento do nível das marés.
Segundo a previsão do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), o pico de chuvas será grande no mês de março, mas não há previsão de chuvas significativas para esse fim de semana no município.
A Defesa Civil informou que 4 famílias estão desalojadas e estão em casas de parentes e ainda não tem o número de desabrigados.
Todas as casas que ficam às margens do rio foram afetadas e estão parcialmente inundadas. Segundo uma moradora da área, as pessoas já estão pedindo abrigo.
“Todas as pessoas que moram nas margens do rio e no Beiradão foram afetadas. Já tem gente pedindo abrigo porque não tem mais como ficar em casas”, relatou Valdicleia Favacho.
Segundo o Major Pelsondré Martins, o rio parou de subir e só o que cai agora é uma chuva bem fina.
“Estamos vendo a possibilidade de construir um abrigo, mas ainda não temos o numero de desabrigados”, informou o major.
Os moradores estão fazendo vídeos e enviando para grupos de Whatsapp. Neles é possível ver as casas com boa parte da estrutura submersa. Veja o vídeo.