ANDRÉ SILVA
A despedida dos foliões do Carnaval 2017 em Macapá ficou por conta do Caldeirão do Pavão que nesta quarta-feira de cinzas, 1º de março, completa 26 anos de existência. O bloco arrastou centenas de pessoas pelas ruas do Bairro Jesus de Nazaré.
O Caldeirão saiu às 17h20min da frente do Barracão do Pavão, na Avenida José Tupinambá, seguiu para a Rua Leopoldo Machado e em seguida pegou a Avenida Mãe Luzia, Rua Jovino Dinoá e voltou para a José Tupinambá. O percurso é o mesmo desde a fundação do bloco.
Mônica Ramos, filha caçula de Raimundo Nino Ramos, o Mestre Pavão, é uma das organizadoras da festa. Ela conta que só com a ajuda da família e de amigos do mestre é que a festa pôde ser realizada tradicionalmente todos os anos.
“Hoje é o aniversário do Caldeirão. A data da primeira festa foi uma homenagem do mestre ao seu filho Raimundo Nino Ramos Filho. Esses amigos que estão aqui já tomaram caldo, já dançaram e agora vamos para o cortejo”, destacou Mônica Ramos.
A professora Anésia Fontes, de 56 anos, já participa da festa há cinco anos. Para ela, o Caldeirão do Pavão já faz parte da história da cultura do Amapá. Ela conta que o filho foi quem a levou para a festa pela primeira vez e nunca mais perdeu o bloco.
“Considero o Caldeirão uma família e não podemos deixar de privilegiar esta festa que já é tradicional na cidade. Toda quarta-feira de cinzas, todo mundo já sabe que tem Pavão na rua”, disse a professora.
Em 2015, um incêndio destruiu parte da estrutura onde eram realizadas as festas e a casa de uma das filhas do Mestre Pavão. A estrutura onde acontece a festa já foi parcialmente recuperada resta apenas a casa.