CÁSSIA LIMA
Apesar das águas do Rio Calçoene baixarem nos últimos dias, a Defesa Civil do Amapá decidiu manter o alerta para novas enchentes no município. A decisão é devido o alto índice de chuvas para a região norte do estado nos meses de março e abril, além de muita maré alta.
“Vamos manter o alerta para março e abril porque a previsão é de muita chuva. Homens da Defesa Civil continuam dando apoio para as famílias, mas a situação já esta bem melhor que no último fim de semana”, ressaltou o coordenador da Defesa Civil, coronel Janary Picanço.
De acordo com ele, o novo levantamento da Defesa Civil e da Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (Sims) sobre a enchente no município de Calçoene revela que mais de 1/3 da cidade foi alagada e 360 famílias foram atingidas. A situação mais precária está nas comunidades rurais.
Entretanto, as águas do Rio Calçoene estão baixando desde último domingo, 12. Mas chuvas intensas ainda caem no município. Mas nada comparado as chuvas que acarretaram a enchente de quinta-feira, 9.
Segundo a Defesa Civil, dos 8 bairros mais atingidos, ainda há casas submersas nos bairros Centro, Comunicação, Liberdade e Parque dos Buritis, que são localizados na orla da cidade. A preocupação no momento está nas comunidades rurais.
“As comunidades do Cunani, Goiabal, Assentamento Carno e Felipe foram as mais afetadas. Ontem que nossas equipes conseguiram acesso a esses locais e mapear a realidade das famílias. Continuamos com equipes no município”, explicou o coordenador da Defesa Civil, coronel Janary Picanço.
Até a manhã desta quinta-feira, 16, a Defesa mapeou que 360 famílias foram tingidas pela cheia, totalizando 1,7 mil pessoas. Desse total, 119 estão desalojadas o que corresponde a 21 famílias. Em casos mais críticos, além de água potável, os moradores receberam também cestas básicas.
“Vamos continuar monitorando todo o município de Calçoene porque é possível que ocorra o mesmo fenômeno já que a previsão meteorológica é de muita chuva e maré alta. Amanhã vamos estar atualizando novamente os dados”, frisou o coronel.