SELES NAFES
O fechamento de uma ocorrência policial terminou em confusão na manhã desta terça-feira, 7, entre policiais civis e militares depois que a guarnição da PM recebeu voz de prisão do delegado de plantão por tortura. O comando geral da Polícia Militar informou que acompanha o caso com cautela.
A voz de prisão foi dada pelo delegado Luis Carlos Gomes Júnior a um sargento e dois soldados que haviam acabado de entregar presos no Ciosp do Pacoval após uma prisão em flagrante. Os acusados foram presos por participação em furto.
Segundo testemunhas, durante o fechamento da ocorrência, por volta das 5h, houve tumulto no local onde os PMs estavam com os presos. Um forte cheiro de spray de pimenta se espalhou pelo térreo do Ciosp do Pacoval.
O delegado que estava de plantão foi até o local conferir o que estava acontecendo, e encontrou os presos algemados sob efeito do spray. Ele deu voz de prisão aos policiais e houve discussão entre os militares, agentes e o delegado.
A partir daí, começa outra polêmica. O delegado assinou um termo onde afirma que mesmo após a voz de prisão, os militares teriam “se evadido” o local.
Comandante geral da PM, coronel Rodolfo Pereira, determinou o acompanhamento do caso, mas diz que é preciso haver cuidado para que não haja injustiça com os policiais, já que mesmo algemados alguns presos ainda conseguem ser violentos. O coronel assegurou que os policiais não fugiram do local.
“Se o delegado deu voz de prisão, ele teria que manter. Como eles se evadiram? Tecnicamente é impossível. Realmente houve a divergência entre os policiais e o delegado. O que ocorreu foi que eles voltaram para o policiamento normal. Vamos tirar uma equipe da rua e desassistir a população só porque os policiais usaram spray de pimenta num preso?”, ponderou o comandante.
O portal SELESNAFES.COM tentou ouvir a Polícia Civil, mas até o fim da manhã uma reunião entre delegados continuava discutindo o caso.