De Santana, FERNANDO SANTOS
Gestores municipais, vereadores, estudantes e representantes de empresa de ônibus, participaram na manhã desta quinta-feira, 23, de uma reunião para tratar sobre o retorno do passe livre estudantil, permitido por lei e que não vem sendo cumprido em Santana há mais de um ano.
O dono da empresa que explora o transporte público no segundo mais populoso município do Amapá, diz que a dívida deixada pela gestão passada da Prefeitura de Santana ultrapassava R$ 1 milhão, o equivalente a cerca de 20 meses de atraso de prestação de serviços.
“A dívida deixada é R$1,1 milhão, aí nós paramos de fornecer o vale escolar porque não tivemos mais condições. Fomos obrigados a parar devido ao não recebimento, e eu acho que todo trabalhador é digno de receber”, disse Décio de Melo, dono da empresa Sião Thur.
Estima-se que mais de 1,5 mil alunos serão beneficiados com a volta do passe livre, mas o número exato de contemplados só será confirmado depois de um levantamento que será feito pela Secretaria de Educação de Santana (Seme) a partir do número de estudantes cadastrados e o valor das despesas com o passe.
“Até a primeira quinzena de abril devemos ter um relatório sobre esse levantamento que iremos fazer sobre o passe”, informou Francinete Lobato, secretária municipal de Educação.
O vereador Genival Oliveira (PMB), que convocou a reunião, diz que a lei precisa ser cumprida e que pretende expandir as tratativas até que a situação seja resolvida.
“Nós já estamos há mais de um ano que o passe livre não funciona em Santana. As aulas retornaram, e nada mais do que justo de termos o retorno do passe livre, afinal de contas é uma lei, e lei precisa ser respeitada”, ressaltou o vereador, Genival Oliveira.
O secretário de Finanças da Prefeitura de Santana, Kennedy Sadala, garantiu que a nova gestão tem grandes expectativas de reativar o benefício, mas que tudo precisa ser pontuado com cautela para que não haja frustração. Quanto a dívida da gestão passada com a empresa, o secretário afirma que há possibilidade de quitação de forma a ser parcelada.
“A prefeitura tem centenas de dívidas. São R$160 milhões, a maior parte com a Sanprev. Essa do passe, é só mais uma. Temos que estar todos unidos. Cada um fazendo sua parte, penso que será possível”, garantiu.
“Tivemos boas respostas aqui na reunião. Esperamos que isso saia do papel e que logo, logo possamos usufruir deste benefício”, disse o estudante, Manoel Dário, presidente do Grêmio Estudantil da Escola Barroso Tostes.