ANDRÉ SILVA
Uma criança de dois anos morreu na noite de domingo, 12, após a família buscar socorro durante seis dias entre o Pronto Atendimento Infantil (PAI) e a unidade básica de saúde do bairro. Os pais suspeitam de negligência e pedem que a morte seja investigada.
De acordo com Érica Alves Pereira , avó paterna da criança, a batalha dos pais começou na última terça-feira, 7, quando a pequena Clara Vitória Santiago de Sousa, apresentou dor no peito e febre muito alta, que variava entre 40 a 41 graus.
O primeiro lugar que a família levou a criança foi o PAI. Lá ela teria sido medicada e os pais orientados a levá-la até uma Unidade Básica de Saúde. No dia da consulta, marcada na UBS do Perpétuo Socorro, a criança não foi atendida, pois a médica não teria comparecido para trabalhar. A família então teria sido orientada a voltar com Clara Vitória para o PAI.
Segundo a avó, essa peregrinação teria durado seis dias e nesse tempo o quadro da criança piorou.
“Ficamos andando com ela para lá e para cá sem saber o que era essa febre. Quando foi ontem (domingo) as dores no peito pioraram e a febre também, então retornamos com ela para o PAI e resolveram internar. Disseram que ela estava com falta de ar e fizeram o soro, aerossol e o oxigênio, tudo ao mesmo”, narrou muito abalada a avó.
O pai, Eduardo Pereira de Sousa, de 20 anos, muito emocionado, põe a culpa na equipe médica do hospital. Segundo ele, após instalado um tubo na garganta, a criança começou a sangrar pelo nariz e pela boca.
“Depois que ela entrou na sala vermelha enfiaram um tubo nela, aí ela começou a sangrar e acredito que isso tenha acelerado a morte dela. Eles mataram a minha filha. Esses médicos são assassinos e incompetentes”, desabafou o jovem pai.
Na declaração de óbito consta que a pequena Carla Vitória teria morrido de septicemia, infecção generalizada.
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) ficou de se posicionar na manhã desta terça-feira, 14, pois ainda não tinha as informações completas do caso.