Só que agora o termo foi generalizado para qualquer tipo de instrumento musical. O luthier domina a construção e a manutenção de qualquer um deles.
Em Macapá, na década de 1980, essa profissão ainda era muito pouco desenvolvida. Via-se apenas curiosos que faziam manutenção nos instrumentos de músicos locais, mas a coisa mudou no meio dessa década. Chegava em Macapá um dos luthiers mais conhecidos no mercado: Celso Araújo Lima Verde, o “Calver”.
Calver iniciou o trabalho naquela época e ficou muito conhecido nesse meio, pois, a partir de então, além de ter um profissional que fazia manutenção, havia um que fabricava também. Ele morreu há alguns anos, mas passou o ofício ao filho, Delson Viana Lima Verde, conhecido também pelo mesmo nome do pai: Calver.
“Eu aprendi tudo com meu pai e já atuo há quinze anos ramo. Meu pai o foi primeiro Calver. Ele veio de Belém do Pará, e trouxe o ofício pra cá”, lembra.
Ele diz que com a profissão consegue manter a família e as despesas mensais. Para se ter um exemplo de preços, um baixo fabricado por ele pode chegar a até R$ 1,8 mil. Alguns clientes ficam muito satisfeitos por levar para casa um instrumento exclusivo.
“Eu tinha levado esse violão pra outro cara fazer, mas ele não deu conta então trouxe pro Calver e ele terminou o serviço e ficou muito bom”, disse o violonista Romualdo Damasceno, de 31 anos.
Luthier de bateria
Elinelson Almeida é um outro exemplo de como a profissão está diversificada. Ele é luthier lutador de baterias. Nélson Batera, como é conhecido, também toca bateria, entrou no mercado de construção e reparo do instrumento nos anos de 1990.
Ele toca bateria desde 1994 e em 98 começou a trabalhar com produção. O músico conta que tinha uma bateria e a usou como laboratório para por em prática o que ia aprendendo por meio de revistas especializadas no ramo.
“Nosso trabalho não consiste em apenas construir tambores, nós customizamos a bateria. Existem muitas possibilidades de se modificar uma bateria seja em cor ou em tamanho”, afirma o luthier.
Os dois profissionais podem ser contatados por meio de suas páginas no Facebook.