De Oiapoque, HUMBERTO BAÍA
No primeiro dia útil após a abertura da Ponte Binacional, apenas o lado francês está funcionando com a fiscalização para o controle de entrada de veículos e passageiros. Do lado brasileiro, os carros com placas francesas entram sem qualquer abordagem de verificação de documentos.
A ponte foi aberta oficialmente no último sábado, 18, durante uma cerimônia que contou com a presença apenas de autoridades do Amapá e da Guiana Francesa. Ninguém do governo francês ou brasileiro mandou representantes.
Na cabeceira da ponte que fica na cidade de Saint Georges, os carros que seguem em direção ao Brasil são examinados pela vigilância sanitária francesa, receita federal e equipes da polícia, a Gendarmeria. Até os porta-malas são abertos, nada foge da inspeção.
Pela cabeceira brasileira que fica na cidade de Oiapoque, no Amapá, os carros franceses entram sem problemas. Apenas um vigia da empreiteira contratada para construir o pátio aduaneiro tira fotos das placas dos veículos. E só.
“Viemos para comer a boa carne brasileira na churrascaria em Oiapoque”, comentou o turista francês Allen Joupe, acompanhado do amigo Guille Desforges. Nesta segunda-feira, eles atravessaram a ponte sem passar por qualquer procedimento.
As obras da estrutura de fiscalização do lado brasileiro foram retomadas, mas estão em ritmo lento. Mesmo assim, a previsão é de que sejam concluídas ainda este ano.
Para atravessar a ponte, os carros brasileiros (só os de passeio podem passar) precisam ter um seguro internacional que varia entre 250 e 450 euros, o equivalente a R$ 1.350. A ponte está aberta apenas durante o dia, das 8h às 18h.