CÁSSIA LIMA
Há 49 dias interditado, o Campus 2 da Universidade Estadual do Amapá (Ueap), localizado na escola técnica Graziela Reis de Souza, ainda não foi recuperado. A área em que parte do telhado desabou está isolada desde 1 de fevereiro.
A sala que foi afetada com o desabamento está desativada. As atividades no prédio anexo da instituição foram suspensas desde então. Atualmente os alunos se recusam a voltar para o prédio.
“A gestão fez um movimento para mandar dois cursos para o Graziela. Porém, os acadêmicos não aceitaram. Não é só as salas, ali não há nenhuma estrutura pra funcionamento de uma universidade”, reclamou o aluno Marlon Vaz, do curso de filosofia.
Ele, que participa do movimento estudantil da universidade, denuncia que o campus do Graziela não tem internet, água, biblioteca, refeitório e laboratórios apropriados. Na sexta-feira, 17, os alunos reuniram com o reitor, Perseu Aparício, para que os cursos permaneçam tendo aulas no Campus 1 da Ueap.
“Nós não aceitamos voltar pra lá. Vamos fazer resistência pra ficar no Campus 1. Não é só pelo desabamento que continua com a recuperação parada, é com o descaso com os cursos”, frisou o estudante.
A reitoria da universidade informou ao portal SELESNAFES.COM que já está buscando soluções para que o calendário acadêmico não sofra mais atrasos. O cronograma de reforma do Graziela conta com a recuperação do telhado, portas, quadros e móveis que estavam na sala. O prazo para entrega apenas do telhado é de 30 dias, contados a partir da sexta-feira, dia 17.
A reitoria não se manifestou sobre as outras reclamações dos alunos.