Agentes penitenciários e presos caminham na lama para vencer atoleiros

Sete agentes estavam escoltando presos de Oiapoque para Macapá. Eles tiveram que descer da viatura e fazer um caminho a pé
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DA REDAÇÃO

Agentes penitenciários que escoltavam presos do município de Oiapoque para Macapá tiveram que descer da viatura com os detentos algemados e enfrentaram muita lama para vencer um atoleiro na BR-156.

O trecho complicado fica próximo na Vila dos Maranhenses, comunidade da região do Carnot, distrito de Calçoene, município a 360 quilômetros de Macapá.

A equipe de agentes tinha 7 pessoas realizando a escolta de 7 detentos nesta quarta-feira, 5.

“Essas situações são corriqueiras na escolta”, revela uma fonte.

“Atoleiros e viaturas quebradas no meio da estrada. No mês passado chegaram viaturas novas, finalmente”, acrescentou.

Os agentes penitenciários estão no foco das atenções desde a semana passada, quando o MP recomendou o afastamento de seis deles acusados de torturar e matar presos.

Viaturas novas chegaram no mês passado, mas perigos e dificuldades continuam

Viaturas novas chegaram no mês passado, mas perigos e dificuldades continuam

No entanto, os agentes enfrentam os riscos diários ao conviver com presos de alta periculosidade e para descontrolar a situação dentro das cadeias.  

“Não se pode deixar que uma possível conduta errada acabe por manchar o nome de toda uma categoria. Estou dizendo isso porque tenho muitos colegas que se esforçam além do que devem ali, mesmo sem estrutura, condições de serviço e mesmo apoio de quem quer que seja”, acrescentou outro agente.

Os agentes lembram que são obrigados a usar spray de pimenta e outras armas não letais dentro das celas.

“Quando usamos o spray ou gás, eles também nos atingem”, finalizou.

Seles Nafes
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