DA REDAÇÃO
Das 80 vagas disponíveis para os pacientes no Centro de Nefrologia de Santana, que deve ser inaugurado nos próximos dias, apenas 28 serão efetivamente usadas. É o que informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ao Ministério Público do Amapá (MP-AP), durante inspeção no prédio que está com as obras em fase de conclusão, na quarta-feira, 05.
A Sesa reconhece que o Centro já inaugura com déficit. O motivo é a carência de profissionais e a limitação de máquinas para hemodiálise.
A fiscalização da obra foi realizada pela Promotoria de Defesa da Saúde Pública para verificar as instalações e obter informações sobre o prazo de entrega.
Porém, na inspeção, a promotora de Justiça Fabia Nilci, titular da 2ª Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Macapá, constatou que a obra está novamente paralisada. De acordo com a empresa responsável, os serviços deverão ser retomados após o pagamento, pela Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinf), das faturas em atraso.
“O empresário não poderia ter paralisado a obra. Se existe algum problema contratual é necessário buscar a justiça, mas é inaceitável essa demora, quando tão pouco está faltando para concluir o Centro. É preciso colocar em questão a carência de vagas e o sofrimentos dos pacientes que fazem um hora a menos de hemodiálise todos os dias em função da quantidade de pessoas atendidas na Nefrologia em Macapá”, disse a promotora Fábia Nilci.
Durante reunião na semana passada, o titular da Sesa, Gastão Calandrini, assegurou aos membros do MP-AP que a inauguração ocorrerá em 30 dias.
Atualmente, o setor de nefrologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hcal) atende 267 pessoas, mas sua capacidade é para 200 pessoas. A capacidade excedida obriga muitos pacientes a terem que fazer hemodiálise em turno alternativo na madrugada.
A construção do Centro de nefrologia em Santana iniciou em 2011, mas a obra ficou parada em alguns momentos nos últimos anos. A retomada do projeto ocorreu em 2014 e está orçada em R4 1,7 milhão.