De Oiapoque, HUMBERTO BAÍA
Depois de percorrer toda América do Sul sozinha, a holandesa Maaike Boyle, de 32 anos, chegou em Oiapoque, no Amapá (fronteira com a Guiana Francesa), na última quarta-feira, 20.
Seria normal se ela tivesse feito a viagem de avião ou ônibus. O percurso foi feito em uma bicicleta numa aventura que começou em San Tiago, no Chile, passou pela Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru e Bolívia.
Maaike Boyle não é casada. É professora e guia de turismo.
“Um dos momentos mais perigosos que passei foi um túnel na Bolívia com mais de 1 km. Mesmo de dia tudo era escuro e inclinado. Caí várias vezes da bicicleta, pensei de verdade: estou sozinha e vou morrer”, lembra a viajante.
Clique feito pela ciclista em área de deserto na Argentina
Em Vitória do Xingú, no Pará
Ela lembra que outro trechos bem difícil foi transpor a BR 156, entre os municípios de Calçoene e Oiapoque por conta dos atoleiros e o intenso inverno amazônico.
“Tive que ficar 3 dias em Calçoene esperando a chuva passar, e tive que pedir carona pra transpor os atoleiros”.
Durante a viagem ela conheceu muitas pessoas, mas o que mais surpreendeu foi conhecer um ciclista que não tinha parte do estômago e intestino por conta de um câncer.
O site SELESNAFES.COM perguntou qual o motivo da viagem
Maaike: isso sempre foi um sonho, viajar de bike. Mas foi na Austrália que a coisa tomou forma na minha cabeça.
Em Sergipe…
Com índios na Bolívia
Qual o próximo passo?
Maaike: quero fazer serviços voluntários em Oiapoque e ajudar pessoas. E depois seguir viagem rumo ao México passando pela Guiana Francesa. Isso acima de tudo é uma viagem com criatividade, vontade e força. E mostra que podemos viajar e conhecer pessoas sem muitos recursos.
Chile
Em Oiapoque, a holandesa foi recebida pela prefeita Maria Orlanda. As duas foram até o marco inicial da cidade para a tradicional foto.
Cobrindo uma tapera no Ceará
Com a prefeita de Oiapoque, Maria Orlanda, no Marco Inicial do Brasil
E nesta sexta-feira, 21, se preparando para o almoço às 10h por causa do fuso horário