Durante luta com assaltante, vigilante diz que pensou na família

Recuperando-se dos quatro tiros que o atingiram, ele recorda que teve que agir rápido
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ANDRÉ SILVA

O vigilante que evitou o assalto a uma agência dos Correios em Macapá, na tarde de sexta-feira (28), disse que na hora da luta corporal com o bandido só pensou na família. Ele foi atingido por quatro tiros. Uma das balas está alojada próxima ao pulmão e ele espera por cirurgia.

O trabalhador da segurança, que não será identificado para sua proteção, concedeu entrevista exclusiva ao portal SELESNAFES.COM na manhã deste sábado (29).

O vigilante está em uma enfermaria dentro do Hospital de Emergências de Macapá (HE) em companhia da mulher e parentes.

Vigilante travou luta corporal com bandido e impediu que agência fosse assaltada. Foto: reprodução

Enquanto mostrava o vídeo gravado por câmeras de segurança da agência onde trabalha, que mostra todos os momentos tensos que passou, ele explicou como tudo aconteceu.

“Assim que o primeiro assaltante chegou, disse que iria pagar uma conta. Abri a porta que já estava trancada porque estava próximo do horário de fechar a agência”, lembrou.

“De repente ele vira do nada com a arma apontada pra mim e como estava muito em cima eu puxei a minha também, aí a luta começou. Perguntei pra ele o que estava acontecendo e ele disse que era um assalto e deu o primeiro tiro”, narrou o vigilante.

O primeiro tiro atingiu o pescoço do vigilante de raspão, o suficiente para provocar um grande ferimento.

“Depois do primeiro tiro, o outro que estava vestido de mototaxista lá fora veio e deu um tiro na porta. Esse foi o segundo disparo que me atingiu”, falou.

O homem conta que enquanto lutava com o assaltante, tentava se desviar dos tiros que o outro dava, mesmo assim, mais dois tiros o atingiram.

Vidraça da agência foi quebrada com tiros. Foto: Olho de Boto

Ele lembra que pelo menos dois tiros disparados por ele atingiram um dos assaltantes e que ele sangrava muito na região do pescoço. A vítima diz que ouviu falar que eles procuraram atendimento em um posto de saúde da capital, mas foram reconhecidos e logo saíram do local.

A esposa do vigilante se queixa dos inúmeros comentários que estão circulando nas redes sociais que dizem que ele não deveria ter reagido.

“Muita gente dizendo que ele é doido e imprudente por ter reagido, mas só quem está em um momento tenso como esse sabe o que é”, defendeu a esposa.

A Polícia Civil (PC) já colheu depoimento da vítima e continua atrás dos assaltantes.

Seles Nafes
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