DA REDAÇÃO
O Ministério Público Federal recomendou ao governador do Estado, Waldez Góes (PDT), que exonere o novo presidente do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap). Segundo o MPF, Bertholdo Dewes (foto de capa) seria sócio em pelo menos cinco empresas do setor madeireiro.
Dewes foi nomeado na última segunda-feira (24) dois dias antes da deflagração de duas operações da Polícia Federal e do MPF que investigam fraudes em licenciamentos para desmatamento em assentamentos rurais. Vinte mandados de condução coercitiva foram cumpridos em Macapá, Santana, Porto Grande e Pedra Branca do Amapari, incluindo na sede do Imap.
Para o MPF, a nomeação do novo presidente gera “conflito de interesses”. Bertholdo Dewes é engenheiro florestal e empresário do setor madeireiro e de agronegócio.
“O MPF/AP entende que são incompatíveis as atividades exercidas pelo empresário com as funções do cargo no órgão que, entre outras atribuições, controla, fiscaliza e licencia ou emite autorizações ambientais para empreendimentos”, diz trecho da recomendação que foi recebida pelo governador Waldez na última quarta (26).
O MPF acredita que o presidente poderá tomar decisões motivadas por interesses próprios ou de grupos empresariais. A recomendação dá prazo de 10 dias para exoneração antes do início de medidas judiciais.
O portal SELESNAFES.COM apurou que o presidente deve realmente ser afastado, mas o governo ainda não se pronunciou oficialmente.