ANDRÉ SILVA
O Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), o único que oferece serviço de alta complexidade no Estado, há quatro anos passa por uma reforma de adaptação que seria entregue em dez meses. Nada do que era esperado dessa que seria a maior reforma desde sua inauguração, em 1968, foi feito. A obra está praticamente parada porque não há um lugar apropriado para o remanejamento de pacientes que ocupam a área que será reformada.
A obra foi lançada em julho de 2013. De lá para cá, o que se vê é lentidão no serviço e a falta do que foi prometido. Entre as promessas, está a instalação de mais 200 leitos e a ampliação na Unidade de Oncologia (Unacom), que vai receber o serviço de radioterapia que só é possível conseguir em outros estados.
Até agora, apenas 32,23% da obra foi concluída e já foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões de um total de R$ 16 milhões.
O portal SELESNAFES.COM visitou o hospital e fez algumas imagens do local que seria o canteiro de obras instalado no complexo. Poucas pessoas foram vistas trabalhando.
Problemas estruturais
Para quem vai consultar, visitar parentes internados ou simplesmente está de passagem pelo hospital, tem que usar as escadas, pois os elevadores não funcionam, o que torna os outros pavimentos inacessíveis para quem utiliza uma cadeira de rodas, por exemplo. A reforma do antigo elevador, que faz parte da primeira estrutura do prédio desativado há muito tempo, também é parte da promessa.
Fazer a higienização das mãos também não é uma tarefa fácil. Acontece que nas torneiras dos dois banheiros destinados para o uso público, não cai uma gota de água e nenhuma das que existem estão em bom estado para uso.
“Vim para uma consulta ai decidi lavar as mãos e não tem nenhuma torneira funcionando”, reclamou o técnico em radiologia Armando Barbosa, de 28 anos.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), informou que as torneiras estão danificadas devido aos constantes furtos e depredações e que elas serão substituídas.
Quanto ao andamento das obras, a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinf), informou que em fevereiro os secretários de Estado da Saúde, Gastão Calandrini, e da Seinf, João Henrique Pimentel, fizeram uma visita técnica nas instalações e constataram que os serviços foram paralisados em virtude da necessidade de remanejo de pacientes para outro lugar, ainda não especificado.
A última reforma do hospital aconteceu em 2005 e custou R$ 5,9 milhões. Naquela época, o número de leitos passou dos 103 para 167.