ANDRÉ SILVA
A defesa do funcionário do Superfácil, Bruno Johann da Silva Teixeira, de 21 anos, se pronunciou na tarde desta sexta-feira (5). Johann foi preso na quinta-feira (4) acusado de receber dinheiro para entregar documentação de veículos para pessoas que não eram proprietárias. Ele nega que tenha feito anúncios nas redes sociais oferecendo o serviço.
O advogado Wenderson Aguiar pediu que o celular de Johann Teixeira seja periciado para provar que a conversa usada pela polícia não saiu do aparelho de seu cliente. O acusado, que foi à audiência de custódia nesta manhã, foi solto e irá responder o processo em liberdade.
Aguiar falou que as conversas copiadas de um aplicativo de mensagem, e usadas como prova do crime, não são do telefone do seu cliente. E que a pessoa que apresentou a conversa agiu de má fé, incorrendo no crime de corrupção ativa e devendo também ser apresentada à polícia.
Wenderson Aguiar também deixou claro que seu cliente se considera inocente. Ele nega o crime de corrupção passiva, mas confessa que emitiu documentos.
“Ele confessa que emitiu documentos para pessoas conhecidas e em momento algum recebeu algum tipo de vantagem para isso”, afirmou o advogado.
Outro ponto da acusação que ele contesta é a de que o suposto crime já vinha acontecendo há tempos. Segundo o advogado, o que aconteceu com o jovem é o que acontece no dia-a-dia de todas as pessoas: o famoso tráfico de influência, onde um amigo pede para o outro fazer algum tipo de favor sem que ele passe pelos trâmites normais.
Aguiar defendeu que o fato de não constar o nome da pessoa no Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV) não prova que ela não seja dona do carro.
“A pessoa que te passou o veículo falece, muda pra outro estado e você muitas das vezes não tem como resolver isso. O que não foi cumprido foi uma formalidade legal que o Detran exige que é a apresentação de uma procuração do objeto. Não existe fraude e nenhum tipo de clone”, rebate a defesa.