Iapen apura conduta de agente penitenciária acusada de ameaçar aluno

Direção do Iapen informou que vai ouvir a servidora. Agente tinha ido à escola pedir providências contra a suposta perseguição ao filho
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SELES NAFES

A direção do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) abriu procedimento administrativo para apurar a conduta de uma agente penitenciária que aparece em um vídeo ameaçando de morte um estudante de 13 anos.

A ameaça ocorreu na última segunda-feira (22) no interior da Escola Meta, em Macapá, que pertence à rede privada. As imagens foram gravadas por celulares de alunos de uma turma do 9º ano. O vídeo mostra a agente, que ainda não teve o nome divulgado, exaltada.

Ela grita, xinga, e ameaça com um “tiro na testa” um dos alunos. Durante a confusão, ela estava usando a farda de agente penitenciária, mas não é possível ver se estava armada. Os agentes têm permissão para portar armas de fogo mesmo fora do expediente.

Durante a confusão, um funcionário da escola tenta acalmá-la e se coloca na frente do aluno que está sendo ameaçado. Os protestos da agente continuam, e finalizam com outra ameaça de morte. O vídeo foi intensamente compartilhado nas redes sociais.

Agente estava uniformizada, e foi observada de perto por um funcionário da escola. Fotos: Reprodução

Alunos que procuraram o portal SELESNAFES.COM relataram que, na sexta-feira (19), o filho da agente, que cursa o 6º ano e tem 10 anos, teria arrancado uma máscara do rosto do aluno do 9º ano que tem 13 anos. O adolescente teria revidado e segurado o filho da agente pelo pescoço.

Na segunda-feira, a mãe do menino de 10 anos estava na escola para pedir providências da instituição, alegando que o filho vinha sendo sistematicamente perseguido pelo adolescente de 13 anos, segundo o portal SN apurou com fontes da escola.

Quando a agente estava saindo da sala de reuniões, decidiu entrar na turma do suposto agressor e iniciou as ameaças. A reportagem tentou contato com a agente penitenciária, mas não conseguiu.

“O maior problema era ela estar uniformizada e ter promovido aquela situação. Mas o pai e a mãe, para defender o filho, podem ficar irracionais. Temos uma filmagem que pode estar fora do contexto, por isso estamos solicitando informações oficiais da escola sobre o que ocorreu”, adiantou o presidente do Iapen, Lucivaldo Costa.

Segundo o Iapen, depois dos esclarecimentos da escola, a agente será chamada para dar sua versão do que ocorreu.

“Já solicitei que comuniquem que eu preciso falar com ela. Cada história tem a sua versão, e precisamos saber realmente o que houve para tomarmos providências para apoiá-la ou aplicarmos uma medida contra a conduta dela”, acrescentou Costa.

Os pais do menino de 13 anos registraram ocorrência policial, e a direção da Escola Meta publicou em seu portal na internet uma nota de esclarecimento onde lamenta profundamente o ocorrido.

“(….) não compactua, permite ou tolera qualquer ato ou forma de violência seja entre os alunos ou terceiros que frequentam a Instituição e que envidará esforços para punir os responsáveis”, diz a nota.

A Escola Meta diz que vem investindo em medidas para aumentar a segurança dos alunos e que colocou “toda a equipe psicológica e assistencial para o apoio necessário dos alunos e familiares”.

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