Moradores fazem mutirão para criar lugar de vivência

Sem esperar o poder público, comunidade do Infraero II decidiu por a mão na massa para mudar a cara do lugar que servia para criminosos e usuários de drogas
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ANDRÉ SILVA

Moradores da Avenida Maria Cavalcante de Azevedo Picanço e da Rua Porto Alegre, próximo de um dos acessos à Rodovia Norte Sul, no Bairro Infraero II, zona norte de Macapá, fizeram vários mutirões para melhorar a limpeza e iluminação do lugar. Eles contam que o local era usado como rota de fuga para bandidos e lixeira viciada.

Para identificar a obra, que está sendo executada com recursos próprios (R$ 700), eles colocaram uma placa mostrando o tipo de serviço realizado. Curiosamente, no local, ao lado da placa, há uma cruz fincada na terra. Eles dizem que a família de um homem, que morreu em um confronto com o Bope no ano passado, foi quem colocou o objeto ali.

Limpeza da área foi feita pelos próprios moradores. Fotos: cedidas pelos moradores

O autônomo Eliseu Almeida, de 38 anos, conta que o local era muito usado como rota de fuga para bandidos que constantemente realizam assaltos a estabelecimentos comerciais no bairro.

“Eles passam muito rápido por aqui, geralmente de moto e nem freiam, passam direto. Às vezes eles se escondem por trás dos muros para consumir drogas e assaltar as pessoas”, relata o morador.

Aos poucos, área abandonada vai ganhando outro aspecto

Canteiro comunitário que em breve dará frutos

A intenção, segundo ele, é chamar a atenção de moradores de outros bairros para que eles tomem a mesma iniciativa. Além da limpeza da área, eles trocaram as lâmpadas dos postes e colocaram 4 refletores na Rua Porto Alegre, local de maior incidência de assaltos.

Eliseu Almeida: local era rota de fuga para bandidos

“Meu filho foi assaltado às 13h aqui na frente de casa. Levaram ele ali para a mata e deixaram ele só de cueca. Ele chegou aqui todo assustado. Isso aqui estava horrível”, ressaltou a professor Maria das Dores, de 60 anos.

Depois de concluída a limpeza, os moradores pretendem fazer um bosque com plantas frutíferas e tornar o local que já foi cenário de violência, em um espaço de vivencia para a vizinhança.

Seles Nafes
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