DA REDAÇÃO
Uma equipe composta por técnicos da Secretaria de Meio Ambiente do Amapá (Sema) e desportistas viaja neste sábado (20) ao encontra das novas rotas descobertas da pororoca, na Vila do Sucuriju, localizada na Reserva Biológica do Lago Piratuba.
A volta de um dos fenômenos naturais mais conhecidos do Amapá na foz do Rio Araguari, costa Leste do Estado, contraria o apontamento de especialistas que diziam que a pororoca havia acabado.
O trabalho vai durar 10 dias. A equipe passará pelo Arquipélago do Bailique, percorrendo toda a costa do município de Amapá e Tartarugalzinho, até a Vila do Sucuriju, onde ficarão acampados no navio que dará suporte ao grupo.
Será feito o levantamento dos dados no local, verificação dos pontos geográficos, registro de possíveis mudanças climáticas e os períodos em que acontecem a nova pororoca. O grupo é composto por 20 pessoas entre especialistas em recursos hídricos, integrantes da Defesa Civil, do Batalhão Ambiental e membros da Associação do Surf e Standup (Assuap), além de surfistas nacionais.
O relatório servirá para as duas frentes de trabalho da Sema que planeja a criação do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Araguari e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Araguari.
“Iremos fazer também o cadastramento das lideranças locais para que possam participar do nosso Comitê. De posse dos dados, teremos como subsidiar nossas ações da melhor forma, buscando assim diminuir os impactos ambientais e potencializar o ecoturismo no Estado”, disse o secretário de Estado de Meio Ambiente, Marcelo Creão.
O fenômeno da Pororoca
A pororoca acontece a partir do encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas. No Amapá, alguns fatores foram apontados como causadores do suposto fim da pororoca em anos anteriores, como a construção de hidrelétricas no Rio Araguari e a degradação causada pelo pisoteio de búfalos na região.