CÁSSIA LIMA
A partir desta sexta-feira (26), o Pronto Atendimento Infantil de Macapá (PAI) começou a atender somente casos de urgência e emergência. A decisão busca socorrer crianças em estado de saúde mais graves. De acordo com a direção do hospital, a meta é realizar o acolhimento e melhorar o atendimento.
A prioridade no atendimento faz parte do Termo de Cooperação Técnica entre a Semsa e Sesa. O foco é orientar os pacientes e usuários do sistema de saúde sobre onde procurar atendimento especializado.
O diferencial será na triagem do hospital. Crianças e adolescentes classificados com o vermelho e amarelo serão atendidas no PAI. As cores correspondem a enfermidades clínicas de maior risco. Os pacientes que receberem verde e azul, serão encaminhados para as três Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município que funcionam 24h: Rubin Aronovitch (Santa Inês), Perpétuo Socorro e Marcelo Cândia (Buritizal).
“A Sesa vai disponibilizar ao PAI uma ambulância que levará o paciente até a UBS mais próxima. Com isso, esperamos diminuir a demanda e garantir um atendimento de qualidade de urgência e emergência”, explicou a diretora do PAI, Zoraima Maramalde.
Segundo dados do Pronto Atendimento Infantil, o hospital possui em média 3,5 mil atendimentos por mês. Entre os meses de janeiro e junho, a estatística aumenta para cerca de 4,8 mil devido às doenças respiratórias.
Mas só em abril deste ano foram registrados mais de 5,4 mil atendimentos. A direção do PAI acredita que desse total, 70% poderia ter sido resolvido em uma UBS de Macapá.
A Secretaria de Saúde de Macapá anunciou que vai reforçar o número de pediatras nas três UBS’s. A Secretaria de Saúde do Estado também informou que contratou mais profissionais para reforçar a equipe do PAI.
Para orientar melhor a população, a direção do PAI listou prioridades para os pais procurarem atendimento no hospital. São elas:
– Atendimento de urgência, quando a criança precisa de atendimento imediato e há risco de morte.
– Febre alta (maior que 39°C) por mais de três dias ou acompanhada de outros sintomas;
– Dores abdominais fortes por mais de três dias;
– Nível de consciência alterado (desmaio);
– Vômito que não foi curado por alguma medicação;
– Desidratação;
– Presença de sangue nos vômitos ou na diarreia;
– Dificuldade de alimentação;
– Frequência respiratória elevada;
– Convulsões pela primeira vez ou que durem mais de quatro minutos;
– Chiado, cansaço ou tosse seca;
– Irritabilidade mantida ou choro persistente;
– Diminuição da produção de urina;
– Diminuição da sucção em lactentes e recém-nascidos;
– Alterações nas “moleiras” (abaulamento ou afundamento das mesmas).