Com “batalhão” de advogados, começa júri de pastor acusado de homicídio

Jackson Nepomuceno está sendo acompanhado por cinco advogados. Na acusação existem uma promotora e mais 3 advogados
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CÁSSIA LIMA

Após 17 anos do crime que abalou Macapá em 1999, o Tribunal do Júri iniciou nesta terça-feira (20) o julgamento do pastor Jackson Rodrigues Nepomuceno. Ele é acusado de matar com 27 facadas a jovem Elizeuda Freitas da Silva, à época com 26 anos. O julgamento é composto por um número incomum de advogados e assistentes de acusação.

O júri iniciou às 8h30min com a escolha do júri popular. Foram selecionadas 4 mulheres e três homens, a maioria na faixa dos 30 anos.

O crime contra Elizeuda ocorreu na madrugada do dia 28 de março de 1999, no apartamento da vítima, localizado no Centro de Macapá. Ela foi encontrada morta no dia seguinte com 27 facadas e um pano na boca.

Jackson Nepomuceno tinha 20 anos à época do crime

Elizeuda foi morta com 27 facadas

Apesar de estar preso desde agosto de 2016 no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), depois de ser encontrado em Tianguá (CE) onde vivia como pastor evangélico e já com nova família, o réu chegou bem vestido e tratado. O  semblante era de reflexão. A defesa não permitiu fotos dele no julgamento.

A defesa do pastor é composta por cinco advogados. A acusação, além da promotora do Ministério Público, Andréa Guedes, tem mais três advogados de assistência contratados pela família da vítima.

“Não há dúvidas que o réu matou a vítima e depois fugiu da justiça. Não sabemos o motivo do crime, mas uma das provas é essa fuga incessante do acusado”, frisou a promotora Andréa Guedes.

Segundo a acusação do MP, Elizeuda conheceu Jackson Nepomuceno momentos antes de sua morte, numa casa de shows, e depois foram para o apartamento da vítima.

Advogado de defesa Hamilton Arsênio: assassino é outra pessoa

Promotora Andréa Guedes: fugas sucessivas

A defesa alega que o acusado na verdade foi testemunha do crime. O advogado Hamilton Arsênio afirma que quem matou a vítima foi um professor já foi inocentando pelo crime num outro julgamento.

“Jackson ainda tentou defender Elizeuda e foi golpeado na mão. Ele fugiu porque na época era casado e teve um flerte com a vítima. Ele ficou com medo de ser morto”, declarou a defesa.

Até o momento, já foram ouvidas 7 testemunhas, de 8. Após isso será o tempo de defesas orais do MP e defesa. O júri deve ser finalizado no fim da noite.

Seles Nafes
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