Ex-detento pode ter sido morto por vingança

Em maio, Alex de Jesus Belém, de 41 anos, foi preso com drogas e informou a PM onde ele havia recebido o produto
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OLHO DE BOTO

Um ex-detento foi encontrado morto nesta quarta-feira (21) próximo de um lago, no Bairro São Lázaro, na zona norte de Macapá. O corpo estava dentro de um bueiro e com uma facada no pescoço.

A vítima foi identificada como Alex de Jesus Belém, o “Di Belém”,  de 41 anos. No dia 31 de maio, ele havia sido preso pela Polícia Militar acusado de tráfico de drogas junto com um casal. O homem e a mulher guardavam drogas em uma fronha de travesseiro, num total de 122 porções de maconha e crack.

Morto ocorreu no mesmo local da prisão. Fotos: Olho de Boto

Apesar do apelido, Di Belém era natural de Macapá. Ele foi o primeiro a ser preso e teria indicado aos policiais a casa onde havia recebido as drogas.  Quando o Batalhão de Rádio Patrulhamento (BRPM) iniciou as prisões, alguns criminosos ainda conseguiram fugir. Por isso, a Polícia Civil acredita que numa possível vingança dos bandidos que não foram presos.

“Ele (Di Belém) fazia o corre (pequenas vendas), mas também era usuário. Alguns criminosos fugiram nesse dia, e quando ele foi solto acabou voltando para o mesmo lugar. Ou seja, lá onde foi preso mataram ele, talvez por vingança”, comentou o delegado Ronaldo Coelho, da Delegacia de Homicídios.

31 de maio: com camisa do Flamengo, Alex Belém foi levado para o Ciosp após indicar onde havia recebido as drogas

Outra linha de investigação é também vingança por outro motivo.

“Tinha muito morador com raiva dele porque ele fazia pequenos furtos na região”, acrescentou o delegado.  

O corpo de Alex Belém foi encontrado próximo do local onde ocorreu a prisão em maio, na Avenida João Falconery, no Bairro São Lázaro, por volta das 7h30min por populares que saiam para o trabalho.

Delegado Ronaldo Coelho: tráfico chega onde o poder público não está  

O local onde o crime ocorreu, conhecido como “Bueirinho”, é precário. Não há saneamento, infraestrutura e muito menos iluminação pública.

“É um lugar esquecido. As pessoas vivem ali esquecidas. Onde o poder público não chega, o tráfico chega”, ponderou Ronaldo Coelho.

Seles Nafes
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