ANDRÉ SILVA
Após a morte da professora Elza Pimenta, de 46 anos, no último dia 26 de abril, depois de passar por uma cirurgia plástica na Clínica Dr. Brito, parentes de outra suposta vítima decidiram se unir com familiares da professora para processar o estabelecimento.
Sandoval Gê Paiva, de 73 anos, morreu em 2015. Ele teria passado por complicações após as diversas cirurgias que teria feito de uma só vez no rosto.
Após a divulgação da morte da professora, que fez um procedimento para colocação de próteses mamárias, a família de Sandoval Paiva resolveu entrar na briga e unir forças com parentes da funcionária pública que morava em Laranjal do Jari, no sul do Amapá.
A morte do patriarca aconteceu em novembro de 2015. Ele era hipertenso e diabético, mas, segundo Marcos Santos Paiva, de 32 anos, filho do paciente, ele foi liberado pelo médico para fazer a cirurgia.
“A gente acredita que ele (médico) sabia do risco por causa da idade e dos exames preliminares do meu pai”, comentou o filho.
Segundo Paiva, no dia seguinte a cirurgia, que durou aproximadamente quatro horas, o pai começou a apresentar as primeiras complicações. Os familiares então o levaram de volta para a clínica onde teria sido atendido e trocado os curativos. Logo depois, o paciente foi mandado de volta para casa.
Horas depois, o quadro piorou. Segundo a família, ele passou a sentir muita dor e logo o levaram de volta para a clínica onde o estado de saúde se agravou.
“Tivemos que transferi-lo para o São Camilo, porque ele (o médico) viu que não tinha mais condição de mantê-lo ali, mas a clínica não tinha uma UTI móvel para levá-lo. Tivemos que ligar para o Samu. Só pra internação tivemos que pagar mais de R$ 7 mil. A médica que atendeu o papai não quis entubar ele e quem entubou foi o próprio dr Brito porque ela não quis se responsabilizar pelo estado do papai ”, protestou o filho.
Após a internação, seu Sandoval Paiva ficou uma semana internado antes de falecer. A causa da morte, registrada no atestado de óbito, seriam as complicações pós cirurgia.
A família alega que ainda não havia conseguido dar entrada no processo contra a clínica porque não conseguia encontrar um advogado que aceitasse o caso.
A situação mudou esta semana quando um amigo da família se dispôs a aceitar as duas causas, tanto a de Sandoval Paiva quanto da professora Elza Pimenta.
Procurado pela reportagem do portal SELESNAFES.COM, o médico não quis gravar entrevista, mas adiantou que está aguardando o resultado do laudo da morte da professora para se pronunciar. Quanto à morte de Sandoval, o Dr Brito não quis se pronunciar.