OLHO DE BOTO
O fim de semana começou com uma tragédia no município de Mazagão, a cerca de 40 quilômetros de Macapá. Um menino de 7 anos morreu na hora após ser atropelado por um ônibus.
O atropelamento ocorreu por volta das 9h, na Rua Veiga Cabral, Bairro Bom Jesus. Momentos antes, Marcos Jeová Marques tinha atravessado a pista para deixar uma sacola numa casa vizinha, e, segundo a família, esperava numa faixa amarela o momento certo para terminar a travessia.
O local onde o acidente ocorreu fica bem na entrada da cidade, logo após uma curva. O ônibus trafegava no sentido Santana/Mazagão. Parentes dizem que o veículo estava em alta velocidade.
“Esse ônibus veio do nada. Ele (a vítima) saiu na minha frente com uma sacola (…) e eu não vi carro nenhum vindo. De repente, quando eu vi, ele estava estendido no chão. Ele estava atravessando de volta pra minha casa. (…) Era o amor da minha vida”, disse ainda em desespero da mãe do menino, Francisca Lúcia.
Segundo testemunhas, depois do primeiro impacto o corpo do menino foi novamente atropelado.
“Deu ré e passou por cima da criança duas vezes”, acrescentou Pedro Paulo, tio do menino.
“Ele matou uma criança de 7 anos que tinha a vida toda pela frente. Daqui a pouco ele (o motorista) vai estar solto. Esses motoristas de ônibus não respeitam, dirigem em alta velocidade. Idoso e criança não têm vez”, desabafou outra tia do garoto.
A família também afirma que o motorista falava ao celular quando o acidente ocorreu.
“O motorista vinha no telefone. Meu irmão vinha dentro do ônibus e viu isso. Meu sobrinho estava na faixa amarela esperando o ônibus passar”, comentou Eliana Marques, outra tia da criança.
O portal SELESNAFES.COM não conseguiu a versão do motorista, que permaneceu no lugar após o acidente, mas foi cercado por populares e parentes da vítima. Uma equipe local da Polícia Militar pediu reforços para conter a fúria dos moradores.
O motorista, que não teve o nome divulgado pela PM, foi levado sob uma forte escolta para a delegacia local que ficou cheia de parentes e moradores. Policiais do 4º BPM, BPTran e do Bope deram apoio na ocorrência para evitar agressões.
“Tínhamos que impedir que a população fizesse a justiça contra as própria mãos. (…) Ele é um trabalhador, mas o que aconteceu ainda será apurado pela Polícia Civil. (…) Daqui ele será recambiado para outro lugar que não poderemos informar por questão de segurança”, informou o capitão Batista, oficial de Operações da PM.