ANDRÉ SILVA
Violência contra a mulher inicia no namoro. É o que garante um estudo realizado no Amapá que envolveu cerca de 300 adolescentes de 15 a 19 anos, estudantes de escolas públicas e privadas do Estado.
A pesquisa foi coordenada por técnicas do Centro de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf) que criaram o projeto “Namoro sem Violência”.
Empurrões, monitoramento de redes sociais, praticar sexo a força, destruição de patrimônios de parceiros, entre outras atitudes, são os atos de violência mais corriqueiros entre os adolescentes entrevistados na pesquisa, que aconteceu em escolas municipais, estaduais e privadas.
Os questionários da pesquisa foram respondidos por alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio.
A iniciativa partiu da técnica Alessandra Coelho, que trabalha no Setor de Prevenção e Combate à Violência Doméstica, departamento que funciona dentro do Camuf.
O projeto foi apresentado na manhã desta segunda-feira (19) no Palácio do Setentrião.
“Para que a violência não aconteça na família precisamos fazer um trabalho de prevenção”, afirmou a coordenadora.
A prioridade do projeto é levar para as escolas públicas atividades como palestras educativas, dinâmicas em grupo, vídeos de conscientização e sensibilização, repostas a questionários de pesquisas, concurso de redação, rodas de conversa e a criação de um manifesto em vídeo com todos os jovens participantes.
“Queremos trabalhar na conscientização do aluno que hoje é namorado, mas amanhã será o marido”, justificou a secretária de Políticas para a Mulher do Amapá, Aline Gurgel.
No evento houve o lançamento do projeto é da hashtag #NamoroViolentoNaoÉAmor. Todas as atividades serão desenvolvidas em parceria com as secretarias de Estado da Educação e da Juventude.