Paciente quase morto no HE seria pistoleiro, diz polícia

A família de Israel Leonez apresentou documentos falsos quando ele deu entrada no hospital. Ele é suspeito de dezenas de mortes no PA
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DA REDAÇÃO

O paciente que dois homens tentaram matar com uma injeção dentro do Hospital de Emergência de Macapá é investigado por pelo menos 30 mortes no Estado do Pará. A informação foi repassada à Polícia Civil do Amapá por um delegado que investiga alguns casos numa cidade paraense no Sul do Estado.

Israel Leonez, de 65 anos, está internado no HE desde o dia 13 de junho vítima de um tiro quando estava no município de Porto Grande, cidade a 105 quilômetros de Macapá. Quando deu entrada no Hospital de Emergência, a esposa dele apresentou a CNH do irmão dele. Desconfiados, agentes insistiram com a esposa que acabou revelando a farsa.  

A tentativa de homicídio, executada por dois falsos enfermeiros, ocorreu na madrugada da última quarta-feira (21). 

“O delegado do Pará só nos informou que é suspeito de 30 mortes, mas a gente não pode confirmar já que foi o delegado que nos passou”, diz cauteloso o delegado Alan Moutinho, chefe do Núcleo de Operações e Inteligência da Polícia Civil do Amapá. 

Os falsos enfermeiros chegaram a aplicar duas injeções num tubo conectado ao paciente, mas a substância não chegou a circular na corrente sanguínea dele graças a ação rápida da equipe médica que retirou o tubo. O acesso dos falsos enfermeiros ao hospital ainda está sendo investigado. 

Um dos falsos enfermeiros que a polícia tenta identificar

Israel Leonez continua internado em estado grave na UTI do HE. Ele está sendo vigiado por policiais militares fortemente armados.

Ainda na quarta-feira, a Polícia Civil chegou a divulgar fotos repassadas pela direção do hospital que seriam dos falsos enfermeiros, mas, por precaução, uma delas foi retirada da lista por ser de um profissional de saúde lotado no setor de traumatologia do hospital. 

Seles Nafes
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