ANDRÉ SILVA
A primeira reunião para implantação do aplicativo Uber na cidade de Macapá aconteceu na manhã desta quinta-feira (1) em um hotel, no centro da capital. Enquanto a reunião acontecia, cerca de 30 taxistas chegaram ao local. O encontro teve que ser interrompido, mas depois prosseguiu normalmente.
A manifestação dos taxistas começou na Praça Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Santa Rita, e foi até a Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac). De lá, o grupo seguiu para o hotel onde acontecia a reunião e por fim na sede da Prefeitura Municipal de Macapá, na Avenida Fab.
Antes, no entanto, o advogado do hotel, Pablo Nery, informou que foi necessário pedir reforço da Polícia Militar porque alguns taxistas ameaçavam depredar o hotel. O Uber estava inscrevendo proprietários de veículos interessados em participar do serviço.
João Pimentel Pedroso, um dos diretores do Sindicato dos Taxistas de Macapá, esteve no protesto e conta que o serviço oferecido pelo aplicativo atrapalha os negócios.
“Enquanto eles fazem 10 viagens por dia o taxista que paga todos os impostos não faz nem a metade disso. Por isso nós fizemos a manifestação e vai continuar amanhã agora com apoio dos companheiros de Santana”, ameaçou o sindicalista.
Lei municipal proíbe serviço em Macapá
Segundo o comandante da GCMM, Ubiraci Macedo, já existe uma lei municipal aprovada desde o ano passado que proíbe a circulação de transportes não regulamentados e que cobre pelo serviço de transporte de passageiros, isso inclui o Uber.
“O Uber é um carro a paisana que não tem nenhum tipo de imposto cobrado pelo poder público para ele exercer o trabalho de transporte de pessoas. Existem critérios para conseguir esse tipo de concessão. Estamos procurando os meios de concretizar um flagrante para caracterizar crime e notificar”, informou o comandante.
Foto de capa : Rubson Alves (Twitter/reprodução)