De Oiapoque, HUMBERTO BAÍA
O corpo do garimpeiro Jenival Pereira de Oliveira, de 59 anos, chegou em Oiapoque no fim da tarde desta segunda-feira (10).Foi um longo caminho, após o infarto no garimpo do Siquini, no meio da floresta da Guiana Francesa.
Jenival e a esposa Elisa, viajaram para o garimpo em dezembro do ano passado. Garimpeiro experiente, sempre estava com a companheira.
Mas, no fim da tarde de domingo, passou mal depois de beber com os amigos, e faleceu às 18h do mesmo dia.
“Não queria que ele fosse enterrado no garimpo. Um enterro digno e o mínimo que eu poderia dar para ele,” diz a esposa emocionada, depois de viajar na floresta e no Rio por mais de 24 hs, até chegar em Oiapoque.
Nos garimpos da região são comuns os enterros acontecerem no local onde a pessoal faleceu, devido a distância e as dificuldades para atravessar a floresta, sem falar do risco de ser preso pela Polícia Francesa.
A própria esposa de Jenival Oliveira contou com apoio de um amigo, que carregou o corpo até a catraia, e depois até a sede do município de Oiapoque.
Depois de receber o laudo médico, o corpo será liberado para sepultamento neste terça-feira (11).