SELES NAFES
Já passou por cirurgia o homem que foi ferido a tiros disparados por um sargento da Polícia Militar do Amapá, na noite do último domingo (9). O militar está preso no Centro de Custódia do Zerão, na zona sul.
O caso ocorreu por volta das 21h40min, na Rua Santos Dumont com a Avenida Diógenes Silva, no Bairro do Buritizal. A família mora em Oiapoque, e estava chegando de viagem para passar férias em Macapá.
Quase no cruzamento, o Celta da família teria sido cortado pelo carro do sargento que freou bruscamente na frente do veículo dos viajantes.
“Não tinha como meu marido parar, foi muito rápido”, lembra Clívia Pantoja, esposa do motorista ferido.
Logo após a batida, o motorista do carro da frente desceu e abriu fogo contra o para-brisa do Celta. Dentro, estavam o casal e o filho mais novo na cadeirinha do banco do trás.
Dos 7 tiros, quatro atingiram o vigilante que também é estudante de História da Unifap, Jaime Vieira, de 32 anos. A esposa e o bebê não foram atingidos.
“Foi tudo em segundos. Eu ouvi os disparos, mas nem sabia que eram tiros, porque a gente não tinha feito nada pra ninguém. Ouvi meu marido gemendo, olhei e ele estava com a camiseta preta molhada. Não dava para perceber que era sangue”, comenta Clívia.
Logo em seguida, o sargento Aluísio França entrou no carro e deu partida. A PM chegou logo em seguida, e depois prendeu o sargento em flagrante a alguns quarteirões do local. Jaime Vieira estava sentado na calçada ferido e com dores quando os policiais chegaram.
Ele foi levado para o Hospital de Emergência de Macapá onde passou por cirurgia para a retirada de duas balas. Uma segunda cirurgia vai tentar retirar o restante dos projéteis. Jaime Vieira está consciente e estável.
A família acredita que o carro foi confundido pelo sargento Aluísio França com o veículo de um homem que o teria agredido em uma pizzaria momentos antes. Os dois automóveis são da mesma cor.
O comando geral da PM informou que o caso já está sendo apurado pela Polícia Civil, e que já foi aberto procedimento pela corregedoria geral da PM. Após a apuração, a PM irá se pronunciar sobre o caso.