ANDRÉ SILVA
A mãe de Fabrício Sérgio da Silva Barbosa, de 24 anos, morto pela mulher com duas facadas no fim da noite de domingo (2), diz que era contra o relacionamento do filho e que sempre houve brigas entre o casal. Ela falou com o filho horas antes do crime. O advogado da família do rapaz, refuta a tese de legítima defesa que o advogado da acusada apresentou e diz que havia uma terceira pessoa no local na hora do crime.
Lígia Barbosa da Silva, mãe da vítima, confirma que o relacionamento do casal sempre foi de briga e que eles nem precisavam estar sob efeito de álcool para que elas acontecessem. Ela conta que a família sempre foi contra o casamento e que constantemente aconselhavam o rapaz a dar um fim na relação que durou quatro anos. Ele nunca se queixou da mulher para a mãe.
“Nem precisava, as agressões eram visíveis. Ele vivia sem o pedaço da orelha, mordido, todo furado, arranhado. Ele trabalhava perto de casa e quando ia almoçar lá tirava a camisa e os ferimentos apareciam”, contou a mãe.
Ela estranha o fato da esposa nunca ter procurado a delegacia para registrar queixa contra Fabrício, contra argumentando o que disse a defesa da mulher, que dizia sempre ter sofrido agressões do marido.
Lígia Barbosa conta que em reuniões de família o comportamento da moça sempre pareceu bastante violento. Na noite do crime, ela foi até a casa do filho buscar uma roupa para a filha mais nova e ao chegar no local foi atendida por ele.
“Ele veio sorrindo pro meu lado tirando brincadeiras, nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Ele estava com a mulher e a enteada na casa”, lembrou.
Triângulo amoroso
O advogado da família da vítima, Paulo José, disse que não houve legítima defesa e o que aconteceu foi um crime premeditado e triplamente qualificado.
“Ela tramou isso. Foi tudo programado e há a possibilidade de ela não ter agido sozinha. A família tem elementos como filmagem, provas robustas de que uma terceira pessoa fez parte desse crime”, revelou o advogado.
Ele conta que Fabrício sempre foi muito passivo em relação à conduta da esposa. Disse que a mulher por muitas vezes chegou a xingar o marido na frente de várias pessoas, gabando-se de suposta infidelidade.
“Tem pessoas que viram e que vão provar em juízo esse tipo de afirmação que ela fez, dando uma demonstração de que há uma terceira pessoa”, acusou o advogado.