CÁSSIA LIMA
Moradores do Conjunto Mônaco, localizado no Bairro das Pedrinhas, zona sul de Macapá, conseguiram depois de mais de 3 anos de batalhas judiciais começar a levantar um muro. A obra no entanto, gerou atrito com os moradores do entorno, especialmente do Bairro das Pedrinhas, que reclamam do fechamento das ruas. Alguns dizem que com a construção será necessário fazer um retorno de 700 metros .
As obras da guarita e do muro estão a todo vapor. Os moradores do lugar financiaram a construção com a venda de terrenos dentro do conjunto. Eles alegam que é para a segurança de todos.
O Conjunto Mônaco possui 4 ruas principais e outras 4 transversais. Os moradores do lado de dentro decidiram construir o muro depois de muitos assaltos, furtos e vendas de drogas no local.
A síndica Joelly Cristina preferiu não gravar entrevista ao portal SELESNAFES.COM, mas alegou que a obra possui projeto na prefeitura, licença do Imap e autorização judicial. Ela informou que os moradores estão cansados com a violência causada por pessoas próximas que entram para fazer baderna.
Já os moradores que estão do lado de fora do muro reclamam que a atitude afronta a liberdade de ir e vir dos que moram atrás. O empresário José dos Santos, dono de uma madeireira que fica atrás do Mônaco, diz que seu trabalho ficará afetado.
“As pessoas passam pela rua do conjunto. Se fecharem, aí vamos ter que fazer o retorno lá pela Setentrional do Araxá. São mais de 700 metros de diferença. A gasolina tá cara”, reclamou .
Pais que moram do lado de fora afirmam que a obra vai prejudicar o acesso dos filhos à escola Wilson Malcher. Além do retorno, eles dizem que é mais seguro passar pelo conjunto.
“Eu gasto 20 minutos para pegar meu filho. Se fecharem com muro vou passar mais de meia hora só pra pegar a Setentrional. É horrível para quem mora aqui atrás e precisa usar a rua. É um espaço público”, destacou a moradora das Pedrinhas, Alice Silva.
As obras do conjunto continuam e, por enquanto, os moradores usam o espaço de passagem. Mas os prejudicados com a obra prometem fazer manifestações e até depredar o muro se o impasse continuar.