“Absurdo”, diz chefe Waiãpi sobre fim de reserva mineral na Amazônia

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SELES NAFES

O decreto presidencial que extinguiu esta semana a Reserva do Cobre (Renca), que compreendia terras do Pará e do Amapá, começa a ganhar reações pelo Brasil e na comunidade internacional. No Estado, um dos principais afetados, também não poderia ser diferente. O único vereador índio do Amapá, que também é um chefe Waiãpi, classificou como absurdo o decreto do presidente Michel Temer (PMDB).

Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta sexta-feira (25), Jawaruwa Waiãpi (REDE) criticou duramente o fato de o decreto ter sido publicado sem que a comunidade indígena fosse ouvida.

Os cerca de 1 mil índios da etnia Waiãpi vivem numa área demarcada no município de Pedra Branca do Amapari, no centro-oeste do Amapa, onde também passa o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.

“Será que você (Temer) não viu? Não conhece a convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho da ONU), onde o governo tem a obrigação de consultar os povos indígenas antes de tomar iniciativas que podem mudar seu modo de vida e suas terras tradicionais?”, questiona o vereador.

Assista o vídeo

O Senado vai avaliar um projeto de decreto legislativo que susta os efeitos do decreto presidencial que, na prática, libera a exploração mineral em 4 milhões de hectares da floresta amazônica. Desse total, 1,8 milhão estão em terras do Amapá, e são vizinhas de 9 unidades de conservação e terras indígenas, entre elas a Waiãpi.

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