DA REDAÇÃO
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Diagro), órgão de controle subordinado ao governo estadual, diz que o Amapá está bem perto de erradicar a mosca da carambola, a principal praga que impede a exportação de frutas para outros estados.
Segundo a Diagro, desde 2015, a infestação vem sendo reduzida nos oito municípios afetados: Macapá, Mazagão, Porto Grande, Ferreira Gomes, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Cutias e Itaubal. Os outros municípios também estão sendo monitorados.
A mosca, que entrou no Amapá pela Guiana Francesa no fim dos anos 1980, vive apenas 126 dias, e nesse período é capaz de colocar entre 1,2 mil e 1,6 mil ovos.
O combate é feito com recursos do Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola, do Ministério da Agricultura.
Nos seis primeiros meses deste ano foram capturadas 3.678 moscas, ou seja, 86% menos do que no primeiro semestre de 2016, quando houve 26 mil capturas. Em 2015 tinham sido 47 mil ocorrências. Além das capturas, o combate uso inseticidas e também apreende e destrói frutos contaminados ou prontos para sair do Amapá.
“O trabalho desempenhado pela Diagro consiste em atividades de monitoramento de armadilhas que estão instaladas em pontos estratégicos e atividades de combate, que por sua vez, consistem na pulverização das plantas hospedeiras, coleta de fruto e aplicação de técnicas de aniquilamento de machos”, explica a chefe da Unidade de Sanidade Vegetal da Agência, Júlia Braga.
Os dados mais recentes foram discutidos num encontro em Belém (PA) com técnicos de inspeção agropecuária da Região Norte.
“Temos equipes que atuam de forma permanente nas áreas portuárias, no aeroporto e nas fronteiras do nosso Estado para impedir a saída de frutos contaminados. Com isso, caminhamos cada vez mais para perto do objetivo, que é erradicar a mosca da carambola no Amapá”, enfatizou o presidente da Diagro, José Renato Ribeiro.