CÁSSIA LIMA
O conselheiro tutelar da Zona Sul de Macapá, Márcio Barreto, afirmou em entrevista ao portal SELESNAFES.COM, neste sábado (26), que a cassação do seu mandato é ilegal e fruto de perseguição política. O conselheiro diz ter provas de que não subtraiu objetos e já está recorrendo da decisão.
Barreto teve o mandato cassado na última sexta-feira (25) por decisão do Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente (CMDCA), órgão fiscalizador das ações dos Conselhos Tutelares de Macapá.
Na decisão, ele é acusado de sumir com objetos, frutos de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Entre os aparelhos estão uma televisão, um computador e um equipamento de som.
“O material está no Conselho, inclusive tirei fotos que comprovam isso. Dei registrado de saída e entrada no Conselho sobre isso. Quero dizer que isso é uma perseguição política de uma suplente que quer a todo custo um mandato”, afirmou.
Ele ainda criticou a decisão do CMDCA. No ponto de vista do conselheiro, o órgão não tem prerrogativa de julgar ninguém, isso estaria claro no Estatuto do Conselho Tutelar. Além disso, Barreto afirma que a cassação ocorreu por meio de uma ação orquestrada de um grupo político dentro do conselho.
“Essa cassação é ilegal. Querem que eu perca meu mandato a todo custo. Os objetos estão no conselho, a justiça mesmo constatou isso. Vou recorrer na justiça contra essa decisão do conselho”, alegou.
Ele entregou ao portal SN fotos dessa semana que comprovam que os objetos estão na sede do Conselho Tutelar da Zona Sul. Além disso, mostrou cópias de um parecer do promotor que acompanha o caso atestando que não ocorreu subtração de nenhum material do órgão.
Foto de capa: Cássia Lima