Em agosto, Amapá tem uma morte violenta por dia

Em alguns casos, a ordem para os crimes vêm de dentro do presídio
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CÁSSIA LIMA

O Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) da Polícia Civil do Amapá registrou no mês de agosto 22 execuções e latrocínios no Estado. Segundo a polícia, um dos fatores para a crescente desse tipo de ocorrência é o aumento do tráfico de drogas. 

Os dados foram divulgados pelo titular do NOI, delegado Alan Moutinho, e são referentes ao período entre os dias 1º e 22 de agosto. Nos meses anteriores, o número não passou de 15 por mês. O último aumento registrado foi nas festas de réveillon.

Os números indicam que, proporcionalmente, há uma morte para cada dia do mês. Os dados são referentes a execuções e latrocínios, ou seja, roubo seguido de morte. O mês ainda pode ser o com maior registro do ano, já que ainda não foi finalizado.

Aumento dos casos de execução em Macapá assusta a população. Foto: arquivo/SN

“Todo mundo percebeu esse aumento. Um dos fatores disso foi ocasionado pela crise financeira e o aumento no tráfico de drogas. A maioria das execuções tem ligação direta com o tráfico”, frisou o delegado.

Segundo Moutinho, está mais visível para os investigadores da Polícia Civil a guerra entre traficantes. A disputa tem ocasionado execuções com ordens de dentro do Iapen.

“Alguns traficantes desconfiam de traidores e mandam matar. Em outros casos são latrocínios mesmo, como o ocorrido com o gerente do Banco do Brasil. Uma fatalidade que não teve ligação direta com o tráfico”, ressaltou.

Chefe do NOI, delegado Alan Moutinho: execuções ligadas ao tráfico

De acordo com o delegado, três soluções poderiam ser tomadas para diminuir os dados. A primeira seria um bloqueador de celular no Iapen, melhores condições para os investigadores e a implantação de monitoramento eletrônico com câmeras na capital.

“São soluções simples e que não têm um custo tão alto, como um bloqueador de chamadas no Iapen e a instalação de 50 câmeras em pontos estratégicos da capital. Isso poderia nos ajudar a combater o crime”.

Seles Nafes
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