No Aeroporto de Macapá, viajante dorme há 3 dias com o cachorro

Carioca foi expulsa da Guiana Francesa, e não conseguiu embarcar com o cachorro
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SELES NAFES

Uma carioca e seu pequeno rusk siberiano vivem um drama particular em Macapá. Impossibilitada de embarcar com o cachorro de volta à cidade natal, ela está dormindo há 3 dias no Aeroporto Internacional de Macapá Alberto Alcolumbre.

A história de Flávia de Souza começou ainda no Rio de Janeiro há alguns dias. Vendedora de uma barraca na praia, ela ficou sem trabalho e decidiu tentar a vida na Inglaterra.

Para cruzar o Oceano Atlântico em direção ao Reino Unido, ela decidiu tentar um caminho pela Guiana Francesa de forma clandestina. Aí os problemas se agravaram.

Sem passaporte, ela acabou sendo descoberta em um navio e foi recambiada pela polícia francesa para Oiapoque. De lá, sempre em companhia de Balton, o rusk branco de apenas 4 meses, ela apanhou um transporte pirata em direção a Macapá, a 590 quilômetros de distância, na esperança de comprar uma passagem a voltar ao Rio de Janeiro.

No aeroporto, ela já chegou com pouco dinheiro. E para piorar, duas companhias aéreas só transportam animais com até 5 quilos. A única que aceita levar animais com mais de 9 quilos, que é o caso do rusk de Flávia, cobrou mais R$ 1 mil. No total, incluindo a passagem dela, serão necessários no mínimo R$ 2 mil.

Rusk siberiano de 4 meses, peso mais de 9 quilos. Só uma companhia faz esse tipo de transporte

Barrada nos hotéis por causa do companheiro peludo, Flávia de Souza acabou ficando pelo aeroporto, onde dorme no chão e ou cadeiras.

Nesta terça-feira (29), ela foi orientada por uma pessoa a procurar o vereador Victor Hugo (PV), fundador da ONG Unidade de Proteção Animal Costelinha (Upac). O parlamentar decidiu fazer uma campanha nas redes sociais para ajudar a moça a voltar para o Rio de Janeiro na companhia de Balton.  

“O cachorro só pode ficar dentro do aeroporto se for na caixinha. Então ele fica muito inquieto. Por isso ela acaba ficando do lado de fora (do terminal). Procuramos o poder público, mas não existe nenhuma forma de ajudá-la”, comentou Victor Hugo, que providenciou lençol, almoço e se ofereceu para guardar o cachorro até que a viajante tenha condições de mandar buscá-lo. Ela, porém, se recusa a se separar do animal.

Quem quiser ajudar pode ligar 981075951 (gabinete do vereador). Ela não possui telefone, mas tem uma conta bancária.

Santander

Agência 3083

C.C. 01094609-7

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