SELES NAFES
As vendas no comércio varejista em seus vários segmentos (alimentos, eletrônicos, vestuário, calçados, eletrônicos, entre outros), apresentaram crescimento em Macapá, segundo o IBGE. Os dados são referentes a junho, quando ocorreu a medição mais recente.
Segundo a pesquisa, o aumento foi de 1% em relação ao mês anterior. Em comparação com junho de 2016, o resultado foi ainda melhor: 3,7%. A receita nominal do comércio também teve aumento de 2,8%.
O crescimento acumulado das vendas no primeiro semestre chegou a 2,1%, e da receita nominal em 4,2% em relação ao primeiro semestre de 2016.
Apesar da alta, a pesquisa demonstra que a defasagem ainda é larga. Comparando os últimos 12 meses com o mesmo período anterior, a variação ainda é negativa em 7%.
Já no chamado “comércio varejista ampliado”, que mede as vendas de veículos, peças e material de construção, os resultados são melhores. Junho de 2017 foi melhor 5,3% do que junho anterior, e consequentemente a receita nominal (5%).
No último semestre houve aumento de 2,4%, mas quando comparados os 12 últimos meses ainda há uma variação negativa de 2,4%.
Fim da ladeira
A Federação do Comércio do Amapá (Fecomércio) confirma o crescimento, mesmo que lento, e avalia que os empregos gerados são outro aspecto que demonstra a recuperação.
“Foi o primeiro semestre em três anos em que tivemos variação positiva de 70 empregos. (…) A ladeira abaixo já acabou e perto do que a gente estava vivendo podemos dizer que é um momento de certa euforia”, avalia o presidente da Fecomércio, Eliezir Viterbino.
A estabilização da inflação, a redução da taxa de juros sobre o crédito são outros aspectos que têm empurrando o crescimento da economia. No entanto, a Fecomércio alerta para a necessidade da volta do Programa de Refinanciamento Fiscal (Refis).
O governo do Estado atacou o pedido feito pela Fecomércio para reedição do Refis, e encaminhou o projeto para o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
“Não depende mais da vontade política. Deverá ter algumas modificações, mas já avançamos. No fim do mês o Confaz deverá decidir, e acho que não haverá problemas. (…) A crise já parou, e agora precisamos do gás para continuar e rolar isso tudo. Assim como o governo teve seus parcelamentos de dívidas com a União e os bancos estão negociando com seus clientes, nada mais justo que as empresas também tenham essa oportunidade”, justificou.