De Santana, FERNANDO SANTOS
Os vereadores de Santana, aproveitando o clima de harmonia política, resolveram antecipar a eleição da mesa diretora, que só deveria ocorrer em um ano e meio. Apesar de algumas contestações, a atual presidente da casa, Helena Lima (PRP), diz que seguiu os ritos legais que possibilitaram a realização do processo antecipadamente.
O edital convocando novas eleições foi publicado pela presidente no último dia 29, e, na quinta-feira (3), ocorreu a sessão ordinária que garantiu a eleição e aclamação de apenas uma chapa, denominada “Integração”. Com isso, Helena foi reeleita.
Dos vereadores presentes, nove declararam voto à chapa, o que possibilitou a reeleição de Helena Lima, mas com mudanças em sua diretoria. No total, Santana tem 15 vereadores.
Na atual formação, a presidente conta com os vereadores Katiane Lima, 1ª vice-presidente, e Dr. Fabiano, que ocupava a função de 2º vice-presidente. Eles deixaram as funções e não fizeram parte da composição da nova mesa diretora.
No lugar deles, entrou Claudomiro Guedes, 1ª vice-presidente, e Marco Aurélio, 2º vice-presidente.
“Demos os prazos para a inscrição de novas chapas e o processo transcorreu de maneira limpa e correta. As mudanças são necessárias em virtude do planejamento de ações. Precisamos dar mais agilidade e houve muitos entraves. Com isso, a gente dá uma reoxigenada na diretoria”, justificou.
Ainda de acordo com a presidente Helena Lima, os problemas internos e relacionados à redução do duodécimo favoreceram para a antecipação no processo eleitoral.
“Apesar de fazerem parte da mesa diretora, a gente percebia rumores de que poderiam surgir novas chapas interessadas em concorrer à presidência. Com isso, tendo a prerrogativa da presidência, antecipar o pleito e foi isso que ocorreu. A nossa surpresa foi que apareceu apenas uma chama encabeçada por mim”, disse.
Por outro lado, o vereador Dr. Fabiano afirmou que causou estranheza a nova eleição às pressas e a decisão de não fazer parte da nova composição. Ele disse que sequer foi comunicado e considera que houve erros no processo.
“A gente soube da publicação do edital no sábado e não haveria tempo para composição de uma nova chapa, até em virtude do recesso parlamentar que estava em pleno curso. Temos convicção que foi um processo claramente feito para prejudicar possíveis chapas interessadas em concorrer ao pleito. Dessa forma, acho que o processo será nulo”, afirmou.
O vereador afirmou ainda que o tempo em que esteve fazendo parte da mesa diretora, não foi o suficiente para fazer análises significativas da atual realidade em diversos setores da administração municipal. Dessa forma, as ações de fiscalizatórias se tornam insuficientes. Além disso, irá tomar providências a fim de tornar sem efeito a eleição desta semana.
“Acredito que esse processo será nulo em virtude de várias incoerências no processo. Vamos tomar providências e entrar com mandado de segurança para que seja feita uma nova eleição. Respeitando prazos e dando oportunidades reais, ao vereador que por ventura queira concorrer à presidência da Câmara de Vereadores de Santana”, finalizou.