Sesa estuda terceirização da gestão de medicamentos

Planejamento, distribuição e comunicação com os hospitais passaria a ser gerenciada por empresa. Modelo já é usado em outros estados
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SELES NAFES

O secretário de Saúde do Amapá, Gastão Calandrini, revelou ao portal SELESNAFES.COM, na tarde desta quarta-feira (9), que estuda a possibilidade de terceirizar a gestão do abastecimento de medicamentos na rede pública. A informação foi dada logo após o bloqueio judicial de R$ 315 mil das contas do Estado para a compra de medicamentos usados no tratamento do câncer.

De acordo com o secretário, a ideia é dar mais eficiência ao planejamento, distribuição e comunicação entre os setores responsáveis.

São vários os problemas nessa equação. Um deles é histórico relacionamento conturbado com os fornecedores. As empresas participam das licitações, e depois que vencem condicionam a liberação de medicamentos ao pagamento de débitos atrasados em outros contratos.

“Fica o boicote, e a rede desabastecida. A partir de agora estamos notificando as empresas e punindo, para que não participem mais de certames municipais, estaduais e nem federais. Antes não se fazia isso”, explica o secretário. 

O desvio de medicamentos e erros de planejamento interno também estão entre as dificuldades.

“As farmácias dos hospitais não se comunicam como deveriam com a central de medicamentos (CAF)”.

Por isso, diz Calandrini, seria interessante testar a terceirização, modelo já adotado em estados como o Pará e Roraima.

“Estou indo em Belém olhar esse modelo que está dando certo por lá. Essas empresas têm experiência e sistemas informatizados que fazem a ‘luz’ acender três meses antes do medicamento acabar no estoque”, justifica o secretário.

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