DA REDAÇÃO
O ex-presidente Lula cancelou a visita que faria ao Amapá, nos dias 4 e 5 de outubro. O petista participaria de um ato público em defesa da Reserva Mineral do Cobre e Associados (Renca). Na segunda-feira, 25, o presidente Michel Temer (PMDB) revogou o decreto que extinguiria a área localizada na divisa entre Amapá e Pará.
De acordo com a assessoria do ex-presidente, a opção por adiar a visita de Lula à região surgiu para que ele possa planejar uma viagem por um período mais longo ao Amapá e em toda a Amazônia.
“O recuo do governo Temer em relação ao decreto sobre a Renca foi uma vitória importante, mas precisamos ficar atentos à entrega da Amazônia e o descuido em relação ao povo amazônico do atual governo, e Lula pretende programar uma visita mais longa ao Amapá, com o tempo necessário para ouvir e dialogar com as diferentes regiões e povos que sofrem com a redução de investimentos, cortes nas políticas sociais e nos direitos dos povos da Amazônia”, informou nota da assessoria do ex-presidente.
Segundo o documento, a visita de Lula ao estado deve ocorrer no primeiro semestre de 2018.
A revogação do decreto em questão foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira, 26. A área, com mais de 4 milhões de hectares, fica entre os estados do Amapá e do Pará e tem tamanho equivalente ao da Dinamarca.
A extinção da Renca foi alvo de críticas de ambientalistas, artistas e também de outros setores da sociedade. Com a revogação, volta a valer o decreto de 1984, que criou a reserva e proibiu a exploração privada de minérios na área.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o governo retomará o debate sobre exploração mineral da área “mais à frente”.